Resiliência das redes na pandemia “não deita por terra” necessidade de ter 5G

A Ericsson Portugal considera que a necessidade do lançamento do 5G em Portugal não perdeu relevância com o facto de as atuais redes terem "aguentado" o aumento de tráfego gerado pela pandemia.

A Ericsson Portugal considera que a resiliência das atuais redes de comunicação durante o aumento de tráfego na pandemia “não deita por terra” a necessidade de ter 5G no país. Na perspetiva desta fornecedora de tecnologia para a quinta geração, “o 5G vai permitir casos de uso” que, atualmente, “não são possíveis”.

O debate sobre a necessidade de um lançamento rápido do 5G no país foi recuperado na semana passada., depois de Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, ter notado que a quarentena e o teletrabalho mostraram que o atual 4G está “à altura dos desafios”, tendo salientado que “o mundo mudou”.

Para a Ericsson Portugal, contudo, o lançamento do 5G continua a ser tão relevante como antes da pandemia. Durante uma conferência virtual sobre 5G promovida pela empresa, Nuno Roso, head of digital services da fornecedora, assumiu que a resiliência das atuais redes de comunicação provada pela atual crise sanitária “não deita por terra” a necessidade do lançamento do 5G no curto prazo.

“O 5G vai permitir casos de uso que, ao dia de hoje, não são possíveis. Estamos a falar de situações que não são possíveis ao dia de hoje, como a telemedicina e cirurgias remotas”, afirmou. Porém, o responsável da Ericsson Portugal admitiu também que algumas destas aplicações serão úteis “mais para a frente” no tempo.

Na mesma iniciativa, Luís Muchacho, networks pre-sales director da Ericsson Portugal, reiterou também que a empresa “gostaria de ter o 5G mais cedo”, até porque já há redes de quinta geração em vários países do mundo. “O 5G é uma realidade noutros países e gostaríamos que Portugal não ficasse para trás”, apontou.

O dossiê do 5G foi suspenso em Portugal em março, por causa da pandemia. Já antes da suspensão, vários players do setor das telecomunicações, incluindo a própria Ericsson, reconheciam a existência de um atraso no lançamento da quinta geração no país. A atual situação tornou difícil que o 5G ainda venha a ser uma realidade em Portugal em 2020, mas qualquer que seja o atraso, para Luís Muchacho, é “perfeitamente justificável” pelo impacto do Covid-19.

Ainda assim, o responsável apelou “às entidades reguladoras” (Anacom) para que retome o processo assim que possível: “A Ericsson está completamente pronta para lançar o 5G em Portugal. Cabe às entidades regulatórias continuar o procedimento nos trâmites e timings [prazos] que considerarem por bem”, reforçou.

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