Rui Rio apresenta programa para retoma na próxima semana. “Vai ser grande”

À saída de uma audição com o primeiro-ministro, o presidente do PSD garantiu que o partido irá apresentar um programa para a retoma económica na próxima semana. "Vai ser grande", disse.

O PSD vai lançar esta semana um conjunto de “contributos” para a área social e, na próxima, apresentará também medidas para fomentar o investimento privado e as exportações das empresas. À saída de uma audiência com o primeiro-ministro, o líder da oposição, Rui Rio, não quis adiantar que medidas em concreto tenciona apresentar para ajudar as empresas a recuperarem do choque da pandemia, salientando apenas que será um programa “grande”.

Instado pelos jornalistas a divulgar algumas das propostas para as empresas, que o PSD considera ser “fundamental” por serem o motor da “retoma económica”, Rui Rio remeteu para o plano a anunciar já neste arranque de junho. “No início da próxima semana, quando nós apresentarmos um conjunto de medidas — que vai ter dificuldade em ver porque vai ser grande –, vai ver que estão lá diversas ideias para alcançar esse objetivo”, disse o social-democrata, referindo-se à recuperação das empresas.

Segundo Rui Rio, em declarações transmitidas pela RTP3, desse plano fazem parte “diversos contributos, todos tendentes para esse objetivo fundamental de recuperação do investimento privado e, sobretudo, de apoio às empresas exportadoras e à população em geral”. E, dito isto, salientou também que “Portugal não tem de perder quota de mercado”. “Pode manter ou até ganhar quota de mercado [após a pandemia]”, reiterou.

PSD não se vai opor a orçamento suplementar

Na mesma ocasião, à saída da reunião com o Governo, o líder do PSD afirmou ainda que o Executivo poderá contar com os sociais-democratas na aprovação de um orçamento suplementar para fazer face ao impacto do Covid-19 em 2020.

“Se o orçamento suplementar for como tudo indica, que é a correção do Orçamento do Estado que está em vigor neste momento, para adaptar tudo aquilo que foi necessário fazer e que vai ser necessário fazer até ao fim em matéria do combate ao Covid-19, contarão naturalmente com o apoio do PSD. É evidente que não iríamos criar agora obstáculos para que, do ponto de vista orçamental, o país esteja preparado para o combate que estamos a ter”, disse.

Rui Rio enalteceu também a previsão de que o Estado vá necessitar de 13 mil milhões de euros para fazer face à despesa gerada pela pandemia. Apontando para uma queda real do PIB na ordem dos 7% este ano, que Rui Rio disse considerar que “vai ser pior” e que a previsão “podia até ser pior”, Rio afirmou que “vai exigir um nível de financiamento de necessidades adicionais do Estado na ordem dos 13 mil milhões de euros”.

“É efetivamente muito dinheiro e o Governo tem estratégias no sentido de captar esses 13 mil milhões de euros este ano, para fazer face a toda essa despesa”, reiterou, depois de ter reunido com António Costa.

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