Dos 304 novos casos de Covid-19, 87% foram na região de Lisboa. Morreram mais 13 pessoas
Aumentaram para 31.596 o número de casos de infetados com coronavírus no país. A esmagadora maioria das novas infeções foram na região de Lisboa.
Portugal registou 304 novos casos de Covid-19, elevando para 31.596 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 0,97%. Nas últimas 24 horas morreram 13 pessoas com a doença, segundo a última atualização ao boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS).
Desde o início do surto em Portugal, a 2 de março, foram detetados 31.596 casos confirmados de Covid-19 no país, ou seja, mais 304 do que os registados no dia anterior. Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 512 estão internados (mais dois que ontem), dos quais 65 nos cuidados intensivos (menos um). Há 1.300 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e mais de 27 mil sob vigilância das autoridades de saúde.
No que toca ao número de mortes, há registo de 1.369 óbitos, mais 13 nas últimas 24 horas. Esta quinta-feira foi conhecida a morte da primeira pessoa na faixa etária entre os 30 e os 39 anos. Trata-se de uma mulher que sofria de problemas oncológicos, referiu em conferência de imprensa a diretora-geral da saúde, Graça Freitas.
Boletim epidemiológico de 28 de maio
Em Portugal, já 18.637 pessoas recuperaram da doença, mais 288 pessoas face ao balanço anterior. “Mais de metade dos portugueses infetados com Covid-19 estão recuperados”, apontou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, em declarações transmitidas pela RTP3, acrescentado que “a taxa de recuperados é 59%”.
Apesar de o Norte continuar a ser a região mais afetada pelo vírus (com 16.718 casos de infeção e 761 mortes), a região de Lisboa e Vale do Tejo mantém a tendência de crescimento de número de casos verificada nos últimos dias, com 265 dos 304 novos casos a ser detetados nesta região nas últimas 24 horas (de um total de 10.320 casos e 335 mortes). Segue-se o Algarve (366 casos e 15 mortes) e o Alentejo (257 casos e uma morte). Nas ilhas, os Açores registam 135 casos e 15 falecimentos, enquanto a Madeira tem 90 pessoas infetadas.
Situação em Lisboa e Vale do Tejo “mantêm-se estável”
Face à tendência de crescimento de Lisboa e Vale do Tejo, a diretora-geral da Saúde disse que ” a situação mantêm-se estável“, já que se esperavam entre “200 a 300 novos casos e é isso que se está a verificar”. Durante o balanço diário, Graça Freitas assinalou ainda que “nem todos os surtos ativos [em Lisboa] são surtos que começaram agora” e que a situação é bastante diferente da que se registou no Norte do país, no início da epidemia. Na capital, os casos são maioritariamente “de pessoas jovens, infetadas em ambiente laboral” e, portanto, “a taxa de mortalidade não é tão elevada”, concluiu.
Quando questionado sobre as declarações do deputado do PSD, Ricardo Baptista Leite, relativamente a uma eventual “resposta diferenciada para a região de Lisboa e Vale do Tejo”, Lacerda Sales preferiu não comentar essa possibilidade, remetendo mais explicações para o concelho de ministros de amanhã. “Mas este Governo não tende a adiar nada, toma as decisões certas, nos momentos certos”, garantiu Lacerda Sales.
O secretário de Estado da Saúde adiantou também que chegou esta semana um avião com 60 ventiladores da China para reforçar o Sistema Nacional de Saúde no combate à pandemia. “Estão agora em Portugal cerca de 160 ventiladores da encomenda de 500 realizada pela administração central dos sistemas de saúde“, disse.
Quanto às dúvidas levantadas por diversos estudos relativamente à hidroxicloroquina no tratamento do Covid-19, a DGS garante que está a acompanhar a situação, bem como a fazer uma avaliação do tema. “Será emitida uma recomendação a muito breve prazo”, garantiu Graça Freitas.
(Notícia atualizada pela última vez às 15h14)
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