Domingues: “Não se pode gerir apenas para os dias de sol”
António Domingues diz que é preciso gerir tendo em conta os riscos associados e não apenas "para os dias de sol". O ex-presidente da CGD refere que o lucro do banco deve ser de 200 milhões em 2017.
António Domingues garante que quando fez o plano estratégico e de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, fê-lo a pensar nos riscos e não apenas “nos dias de sol”. O presidente demissionário da Caixa prevê que o banco público regresse aos lucros já no próximo ano, na ordem dos 200 milhões de euros. Mas o plano é verosímil? Domingues diz que sim.
“Gerir não é gerir para os dias de sol, temos de ter em conta os riscos”, diz António Domingues na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa — no mesmo dia em que arranca a capitalização da Caixa Geral de Depósitos. E que no plano apresentado em maio ao Governo, quis resolver os vários problemas da Caixa, incluindo as necessidades de capital, insuficiências na cobertura de ativos em risco e um ajuste das condições de exploração, ou seja, os custos.
Depois da capitalização, António Domingues prevê que o banco vai regressar aos lucros já em 2017, que devem ficar na casa dos 200 milhões de euros. Este resultado positivo deve melhorar ainda mais em 2020, podendo alcançar os 700 milhões. Mas como? Melhorando a receita.
"Gerir não é gerir para os dias de sol, temos de ter em conta os riscos.”
“A outra dimensão é melhorar a receita. A Caixa tem um desempenho, do ponto de vista da receita, abaixo daquilo que pode ter. E estando dentro da Caixa é fácil perceber isso. Vende poucos seguros, tem uma prestação de serviço no mercado de capitais relativamente modesta. Tem espaço para crescer”, explica António Domingues.
O presidente demissionário da CGD — substituído por Paulo Macedo, que ainda aguarda pela aprovação do Banco Central Europeu — refere que o plano apresentado é “verosímil” e que foi alcançado depois de discutido com o Governo e de vários meses de trabalho. “Foi discutido linha a linha e aprovado pela Comissão Europeia.”
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