BCP brilha em Lisboa. Europa recupera pela terceira sessão

As bolsas europeias avançam pela terceira sessão consecutiva, negociando em níveis que não eram vistos desde o início de março. Os investidores continuam a regressar gradualmente aos mercados de capitais, apostando todas as fichas na ideia de que o pior da pandemia já passou e que uma eventual segunda vaga não deitará por terra a conquista da retoma económica em curso.

Nem mesmo a agitação do outro lado do Atlântico, com protestos violentos a decorrerem em dezenas de cidades nos EUA há vários dias, estará a condicionar este avanço nas ações europeias, que acompanha a tendência já vivida nos mercados asiáticos. O Stoxx 600 soma 0,7%, a cotar em cerca de 362 pontos, mas os ganhos são mais expressivos em algumas das principais bolsas: o francês CAC-40 soma 1,1%; o alemão DAX valoriza 1,1% e o espanhol IBEX recupera 1%.

A bolsa de Lisboa acompanha esta tendência e o PSI-20 valoriza 1,05%, para 4.604,84 pontos, um máximo desde 7 de março, data anterior ao decreto do estado de emergência no país como medida de combate à propagação do novo coronavírus. A puxar pela praça nacional estão as ações do BCP, que continuam a recuperar valor e estão novamente a cotar acima da fasquia dos 11 cêntimos. Os títulos somam 3,98%, para 11,5 cêntimos por ação, depois de terem disparado 10% na sessão anterior.

Ações do BCP recuperam em Lisboa com retoma da economia

Também a Galp Energia contribui para a subida do principal índice nacional. As ações da petrolífera valorizam 2,31%, para 11,97 euros, enquanto os títulos dos CTT, que chegaram a valorizar mais de 6% no arranque da sessão passada, ganham 1,94% esta quarta-feira, valendo agora 2,365 euros cada um.

Em destaque está também a Nos, que valoriza 1,11%, para 4,016 euros, enquanto a família EDP também negoceia em alta, ainda que mais ligeira: a elétrica liderada por António Mexia avança 0,48%, enquanto a EDP Renováveis soma 0,49%, para, respetivamente, 12,44 euros e 4,308 euros por ação.

No sentido oposto, há apenas uma cotada a negociar em terreno negativo no PSI-20. É a Corticeira Amorim, que desvaloriza 0,32%, para 9,27 euros.