“Posso ir?” já não mostra só filas. Agora, app também diz se pode ir à praia
Agora, a aplicação que marcou a pandemia por mostrar se há ou não fila à porta do hipermercado mostra também como está a praia. Informação oficial é da APA e resulta de parceria com a Deco Proteste.
No início da pandemia, dedicava-se a informar sobre filas à porta do hipermercados. Agora, com a época balnear ao virar da esquina, a aplicação “Posso ir?” vai também dizer-lhe se é ou não prudente ir dar um mergulho à praia.
A terceira fase do desconfinamento começou esta semana e o calor convida a relaxar no areal. Mas o vírus ainda anda por aí e manter o distanciamento continua a ser a palavra de ordem. Por isso, aproveitando a tecnologia já criada para o retalho, a “Posso ir?” e a Deco Proteste juntaram-se para tentar promover “uma utilização em segurança” das praias portuguesas.
“No próximo dia 6 de junho, inicia-se a época balnear, este ano muito diferente”, começam por indicar em comunicado. Com efeito, reconhecendo que “é fundamental saber o estado de ocupação de cada praia” na hora de tomar a decisão sobre onde ir, a “Posso ir?” e a Deco Proteste “juntaram-se para dar essa informação aos consumidores”.
As duas organizações contaram também com a ajuda da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e, baseando-se na informação oficial sobre o “nível de ocupação das praias” fornecida “pelos concessionários”, a aplicação terá informação “fiável e validada” sobre a ocupação e ainda “o nível de qualidade da água das praias, o histórico de ocupação, a existência de bandeira azul e vigilância e as infraestruturas disponíveis”.
A aplicação “Posso ir?” nasceu no seio do grupo Tech4Covid, uma organização que junta empreendedores do setor da tecnologia em Portugal, que têm desenvolvido várias soluções tecnológicas de resposta a problemas causados pela pandemia. Inclusivamente, o grupo já foi dado como exemplo de dinamismo e de mobilização pela imprensa internacional.
A app foi agora alvo de uma evolução. Até aqui, disponibilizava apenas a informação com base no que era recolhido e reportado pelos próprios utilizadores (como funciona, por exemplo, a aplicação de apoio à condução Waze). “Para oferecer uma informação mais fiável e validada, o projeto conta agora com a participação dos próprios estabelecimentos. Os gestores dos espaços registam-se de forma gratuita e reportam regularmente o nível de ocupação e os horários de funcionamento”, lê-se no mesmo comunicado.
Nesta altura, poucos meses depois de ser anunciado, o projeto já recebeu financiamento e continua a crescer. “A app beneficia do financiamento da Fundação Gulbenkian e da Fundação EDP, garantindo, assim, a continuidade do projeto na mitigação dos efeitos do Covid-19″. O aplicativo pode ser descarregado aqui (iOS) ou aqui (Android).
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