Novas encomendas na indústria alemã caíram mais do que o previsto
A procura interna recuou e as novas encomendas caíram mais do que o previsto em novembro. São dados que surpreendem após indicações de que a economia alemã se fortalecera no final de 2016.
Após dados bons que mostraram que a economia alemã acelerava no último trimestre do ano — com a queda do desemprego e um aumento da inflação para valores recorde — os números das novas encomendas na indústria surpreendem, tal como os da procura interna: ambos recuaram em novembro.
Caíram mais do que o esperado em novembro, 2,5% em cadeia, após terem aumentado 5% em outubro. Em termos homólogos (comparativamente a novembro de 2015) não houve queda, mas sim um aumento de 3%. Já a procura interna recuou 2,8% no mesmo mês, disse o Ministério da Economia num dos comunicados emitidos esta manhã de sexta-feira.
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“Apesar da queda em novembro, os resultados apontam para um desenvolvimento muito favorável das encomendas no último trimestre do ano“, disse o Ministério da Economia numa declaração enviada por email às redações, citada pela Bloomberg, apontando que a queda em novembro não era suficiente para eliminar o enorme salto em outubro. “O aumento significativo na procura em geral assinala o ressuscitar da indústria na parte do inverno”.
É importante para a Alemanha entrar de forma positiva em 2017, um ano que promete incerteza com as eleições nacionais que poderão ou não reconduzir Angela Merkel para o lugar de chanceler, no outono. As negociações de saída do Reino Unido da União Europeia também poderão ser causadoras de incerteza na Alemanha, cujo terceiro maior parceiro comercial é o Reino Unido.
O economista do Commerzbank Marco Wagner disse à Reuters que os dados mais recentes não retiravam importância à imagem geral, que era positiva, em parte impulsionada por um aumento da procura global. “O enfraquecimento do euro nos últimos meses impulsiona claramente a procura de fora do bloco [europeu]”, explicou. Para Wagner, o crescimento no último trimestre deverá ser de 0,5% do PIB, superior ao terceiro trimestre de 2016 em que a Alemanha cresceu apenas 0,2%.
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