De cofres cheios, Alemanha corta emissões de dívida para mínimo de 2001

O Governo alemão pretende reduzir a sua dependência do mercado de dívida no próximo ano para o nível mais baixo desde 2001, perante subida das receitas fiscais.

Cofres cheios. A Alemanha vai baixar o montante global de dívida bruta a emitir no próximo ano para o nível mais baixo desde 2001. Prevê emissões de obrigações e bilhetes na ordem dos 178,1 mil milhões de euros em 2017, de acordo com o Orçamento federal.

A previsão está inscrita no programa de Orçamento que os Estados federados aprovaram esta sexta-feira, ficando abaixo dos 185,2 mil milhões de euros da proposta orçamental inicial. De acordo com o documento, o Governo alemão prevê gastos totais de 329 mil milhões de euros, representando um aumento de 12% face ao ano passado, perante um reforço da despesa pública em segurança.

Mas a redução das perspetivas de endividamento está sobretudo relacionada com a capacidade da máquina fiscal de arrecadar receitas com impostos na maior economia da zona euro. A economia alemã deverá crescer 1,8% este ano e 1,2% em 2017, segundo as previsões do instituto DIW, deixando o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, mais confortável em relação à dependência dos mercados.

Grande parte do produto das operações de financiamento servirá para refinanciar dívida antiga, com obrigações e bilhetes no montante de 167,7 mil milhões de euros a vencer no decurso do próximo ano.

A agência que gere a dívida alemã conta vender 23,1 mil milhões de euros em dívida com prazo inferior a um ano, aquém dos 37,2 mil milhões previstos na proposta de Orçamento inicial, sinalizando uma intenção de Berlim de reduzir o financiamento de curto prazo. Por outro lado, prevê emitir obrigações com maturidade superior a quatro anos no montante de 103,9 mil milhões de euros, acima dos 98,1 previstos inicialmente. Emissões dívida com maturidade entre um e quatro anos deverão totalizar os 51,1 mil milhões de euros.

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