Investidores não castigam universo EDP. Ações recuperam após suspensão

Os investidores parecem estar tranquilos com a decisão do juiz Carlos Alexandre de suspender António Mexia e Manso Neto da liderança da EDP e da EDP Renováveis no âmbito do caso dos CMEC. Após levantada a suspensão das ações pela CMVM antes do arranque da negociação, as ações da EDP começaram em terreno negativo, mas rapidamente inverteram de rumo. Neste momento, os títulos da EDP e da EDP Renováveis somam ganhos de mais de 2%, puxando pelo rumo da bolsa nacional.

As ações da EDP valorizam 2,09%, para os 4,436 euros, enquanto as da sua participada Renováveis avançam 1,91%, para os 12,78 euros. Ajudam assim o PSI-20 a inverter face às perdas do arranque da sessão, com este a somar 0,35%, para os 4.423,1 pontos.

A recuperação das ações das cotadas do universo EDP acontece após perdas de mais de 2% na segunda-feira numa sessão que foi mais curta do que o habitual face à suspensão da negociação pela CMVM que se seguiu à decisão do juiz Carlos Alexandre de afastar os CEO das duas cotadas de funções com efeito imediato no seguimento do caso EDP, impedindo-os mesmo de entrar em edifícios da elétrica.

Ações da EDP recuperam

Poucas horas depois, contudo, foram anunciados os nomes dos substitutos de António Mexia e de Manso Neto que vão ocupar interinamente funções. Para os cargos foram escolhidos os nomes dos administradores financeiros das duas empresas, Miguel Stilwell d’Andrade, para a EDP, e Rui Teixeira, para a EDP Renováveis.

Num quadro que procura repor alguma normalidade na gestão das duas empresas, a EDP até mereceu esta terça-feira revisões em alta por parte de várias casas de investimento.

É o caso da JP Morgan que elevou o preço-alvo das ações da EDP, dos 4 para os 4,5 euros. Já o Berenberg reviu em alta a respetiva avaliação, de “manter” para “comprar”, elevando o preço alvo dos títulos da elétrica, dos 3,6 para os 5 euros.