Mário Centeno: Liquidação do Novo Banco “está fora de causa”
Mário Centeno está focado na venda do Novo Banco. Mas isto não o impede de deixar a porta aberta à nacionalização, já que não podem ficar "reféns de soluções". A extinção está fora de questão.
Mário Centeno disse que a solução ideal será a venda do Novo Banco. Mas, caso isto não seja possível, o ministro das Finanças não exclui outras alternativas, como a nacionalização. Já sobre a extinção do banco que resultou da falência do Banco Espírito Santo, o ministro diz que “está basicamente fora de causa”.
“A minha expectativa sobre a venda mantém-se, essa é a vontade em termos de reintrodução do Novo Banco na esfera financeira em Portugal”, diz Mário Centeno numa entrevista à Reuters. O ministro das Finanças refere que a venda é o melhor, mas, caso não aconteça, não exclui outras alternativas, dizendo que “não podemos ficar reféns de soluções e vamos explorá-las todas as que tivermos à nossa mão, sendo que neste momento o foco é claramente o processo de venda”.
Mário Centeno já tinha demonstrado a sua disponibilidade para analisar outras hipóteses numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF. O ministro das Finanças disse que “nada está fora de questão quando se trata de garantir a estabilidade do sistema financeiro”, acrescentando que “não acho que seja adequado eliminar nenhum tipo de abordagem em relação ao Novo Banco”.
"Neste sentido, nenhuma porta pode ficar fechada porque, para conseguir combinar critérios ou objetivos, que às vezes parecem contraditórios, nós temos que alargar o conjunto de possibilidades de atuação”
Mas entre este conjunto de possibilidades — venda, nacionalização e liquidação –, o ministro exclui completamente a extinção do pacote de opções. Para Mário Centeno, “está basicamente fora de causa”.
No entanto, qualquer solução que seja alcançada terá sempre de ter o selo de aprovação das autoridades nacionais e europeias. “Evidente que qualquer solução nesse campo tem de ser trabalhada com as autoridades europeias, quer de supervisão quer de concorrência, e nacionais também, mas essa é a forma como o Governo tem atuado em todas as matérias que se prendem com o setor financeiro”, explica o ministro à Reuters.
O Governo está numa luta contra o tempo para vender o Novo Banco. O Executivo tem até agosto para concluir este processo. Caso contrário, terá de abrir a sua carteira de opções, onde ainda há a nacionalização e a extinção do banco. Na esfera política, o apoio a uma nacionalização está a aumentar, da esquerda à direita. No entanto, no final, a decisão cabe a António Costa.
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