Pandemia já afetou 400.000 empregos no setor da aviação
O setor da aviação é um dos mais afetados pela pandemia. No total, são cerca de 400.000 postos de trabalho afetados, pelo lay-off ou mesmo despedimentos, um pouco por todo o mundo.
Sem aviões nos céus e com as viagens limitadas, para travar a pandemia do novo coronavírus, o setor da aviação está a ser um dos mais afetados. Um pouco por todo o mundo, as companhias aéreas colocaram milhares de trabalhadores em lay-off e viram-se obrigadas a suprimir milhares de postos de trabalho para garantir a continuidade do negócio.
De acordo com os cálculos da Bloomberg (conteúdo em inglês, acesso livre), cerca de 400.000 trabalhadores neste setor já foram dispensados, colocados em lay-off ou têm em risco o seu emprego, devido à pandemia.
A onda de despedimentos ou lay-off tem atingido pilotos, tripulação de cabine e até outros profissionais que trabalham nos aeroportos. Entre as companhias afetadas estão nomes como Ryanair, Emirates, Airbus, Air france, British Airways, Lufthansa, Emirates e Qantas Airways.
Há duas semanas, a Emirates, dos Emirados Árabes Unidos, revelou que pretende eliminar até 9.000 postos de trabalho devido à diminuição da procura gerada pela pandemia.
No final de junho, a Airbus já anunciou que vai suprimir “cerca de 15 mil postos” de trabalho, o que corresponde a 11% dos efetivos a nível global, até ao verão de 2021. Com esta decisão, serão afetados 5.100 postos de trabalho na Alemanha, cinco mil em França, 1.700 no Reino Unido, 900 em Espanha e 1.300 em outros países.
No início deste mês, a Air France avançou que pretende cortar 7.580 postos de trabalho, na empresa Air France e na subsidiária regional Hop!, até ao final de 2022. O mesmo aconteceu com a low-cost Ryanair, que anunciou o corte de 3.500 postos de trabalho caso os funcionários não aceitassem os cortes salariais depois de, em maio, ter despedido mais de 250 trabalhadores devido ao colapso da procura.
Nos Estados Unidos, a perda de empregos nas companhias Delta Air Lines, a United Airlines e a American Airlines pode ultrapassar os 100.000, aponta a Bloomberg, que refere ainda que os dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo apontam para perdas em profissões relacionadas com o setor da aviação — desde engenheiros até aos trabalhadores das agências de viagens — que podem atingir os 25 milhões de empregos.
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