Cortes de avaliação após prejuízos afundam ações da Galp Energia
Petrolífera segue em baixa na bolsa de Lisboa, tal como as elétricas EDP e REN. É a energia a determinar o sentimento negativo no PSI-20, que cede 0,66%, num dia misto para a Europa.
A Galp Energia está sob forte pressão na bolsa de Lisboa após ter anunciado que os prejuízos registados no primeiro semestre do ano determinaram a suspensão do pagamento de dividendos intercalares. No rescaldo do anúncio, as ações da petrolífera viram o preço-alvo ser revisto em baixa por dois bancos de investimento.
O Credit Suisse cortou o preço-alvopara 14,30 euros por ação (dos anteriores 15 euros), enquanto o UBS reduziu para 12 euros (face aos 12,25 estimados anteriormente). Apesar da diminuição, em ambos os casos, os bancos continuam a ver potencial de valorização já que as ações da petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva caiu, esta terça-feira, abaixo da barreira de 10 euros por ação pela primeira vez desde 15 de maio.
Os títulos da Galp caem 3% para 9,822 euros em reação aos anúncios feitos na segunda-feira. Depois de ter registado prejuízos de 22 milhões de euros em resultado das “fracas condições de mercado”, a empresa anunciou a suspensão do pagamento interino de dividendos, remetendo a remuneração acionista total referente a 2020 para o arranque do próximo ano.
Em simultâneo, foi também divulgado que a Galp faz parte de um mega-consórcio, com as portuguesas EDP, Martifer e REN e a dinamarquesa Vestas, para desenvolver um projeto de hidrogénio verde em Sines.
Tal como no caso da Galp, o forte investimento necessário também está a levar os investidores a cautela em relação às outras empresas. A EDP recua 1,15% para 4,368 euros, enquanto a REN desliza 0,2% para 2,48 euros, no PSI-20. A Vestas cede 0,52% em Copenhaga. A exceção é a Martifer, que dispara 7,31% para 0,47 euros, no PSI Geral.
Assim, é a energia a determinar o sentimento negativo no PSI-20. O índice de referência nacional cede 0,66% para 4.423,22 pontos. Além destas, também o peso-pesado Nos cai 1,71% para 3,92 euros e o BCP desliza 0,2% para 0,1007 euros, no dia em que vai apresentar resultados e a reagir à recomendação do Banco Central Europeu para que os bancos não paguem dividendos até final do ano. Em sentido contrário, a Jerónimo Martins avança 1,01% para 14,515 euros e os CTT ganham 0,67% para 2,27 euros.
A Europa segue assim dividida, com Lisboa a acompanhar as perdas do francês CAC 40 (-0,22%) e do italiano FTSE MIB (-0,44%). Por outro lado, o Stoxx 600 ganha 0,31%, o espanhol IBEX 35 sobe 0,65%, o alemão DAX avança 0,14% e o britânico FTSE 100 valoriza 0,26%.
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