PME dizem que novas medidas do Governo “são de bradar aos céus”
“A permissão para os bares noturnos e as discotecas poderem abrir das 08h00 às 20h00, em serviço de pastelaria, só pode ser uma brincadeira de mau gosto”, considera CPPME.
A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) considerou, esta segunda-feira, que as recentes medidas anunciadas pelo Governo para combater o impacto da pandemia de Covid-19 “são de bradar aos céus”.
“As últimas medidas anunciadas pelo Governo para as Micro, Pequenas e Médias Empresas são de bradar aos céus”, afirma em comunicado a CPPME, acrescentando que “a permissão para os bares noturnos e as discotecas poderem abrir das 08h00 às 20h00, em serviço de pastelaria, só pode ser uma brincadeira de mau gosto”.
Por sua vez, para a confederação, “as três novas modalidades de lay-off, não só vêm complicar ainda mais o que foi o lay-off simplificado, como parecem estar desenhadas para que só muito poucas empresas possam ter acesso, com inevitáveis reduções no poder de compra e acentuada quebra do mercado interno”.
A CPPME lamenta ainda a “demora” do Governo “em colocar em prática a medida compensatória para os sócios gerentes com carreira contributiva para a Segurança Social, aprovada no Orçamento Suplementar”, o que por sua vez considera ser “uma medida de justiça”, mas “reiteradamente adiada”.
Além disso, o Governo “teima em não criar um fundo de tesouraria para as Micro e Pequenas Empresas (ágil, rápido, eficaz e sem burocracias excessivas), com juros zero e período de carência alargado”, sublinha a confederação. “O reiterado anúncio de mil milhões de euros para as microempresas e pequenas, que a banca continua a gerir à sua maneira, não responde ao real problema” destas empresas, defende ainda a CPPME.
A confederação refere que, após uma concentração em 22 de julho com outras estruturas empresariais, junto à escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, entregou um conjunto de propostas ao presidente da Assembleia da República, aos grupos parlamentares, ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia que considera “justas” e que acredita que “mais tarde ou mais cedo” o Governo terá de lhes dar atenção.
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