Presidente da República pede que se acelere auditoria ao Novo Banco
Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que se acelere a “auditoria e todo o tipo de investigação e apuramento da realidade relativamente ao Novo Banco” após notícia da venda a desconto de 70% da GNB Vida.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou esta segunda-feira o apelo para que se acelere a “auditoria e todo o tipo de investigação e apuramento da realidade relativamente ao Novo Banco” no sentido de que seja garantido um rápido esclarecimento de quaisquer dúvidas que possam existir em torno da instituição.
“O Governo tomou uma posição sensata — que é a minha posição já há muito tempo — que é acelerar e pedir que se acelere a auditoria e todo o tipo de investigação e todo o tipo de apuramento da realidade relativamente ao Novo Banco“, disse Marcelo de Sousa aos jornalistas durante uma visita a Armação de Pêra, no Algarve, em declarações transmitidas pela RTP3.
O Presidente da República disse ainda esperar que esse esclarecimento “se concretize o mais rápido possível”, lembrando que “é importante para o esclarecimento dos portugueses” já que “indiretamente os portugueses estão envolvidos pela garantia do Estado ao fundo de resolução”.
Em causa a notícia desta segunda-feira do Público que revela que o Novo Banco vendeu em outubro uma seguradora — a GNB Vida — com desconto de quase 70% a fundos geridos pela Apax, operação que gerou uma perda de 268,2 milhões e foi compensada com verba do Fundo de Resolução.
Segundo o jornal, o negócio foi fechado com um magnata condenado por corrupção nos Estados Unidos.
Esta polémica surge depois de, no mês passado, o jornal Público ter igualmente denunciado a venda de imóveis com prejuízo a um fundo anónimo.
Nascido na resolução do BES (em 3 de Agosto de 2014), 75% do Novo Banco foi vendido em outubro de 2017 ao fundo de investimento norte-americano Lone Star, mantendo o Fundo de Resolução bancário 25%, numa solução acordada entre Banco de Portugal e Governo.
Nos últimos meses, os termos do contrato têm sido muito contestados (desde logo o mecanismo de capital contingente que prevê que até 2026 o Fundo de Resolução compense o Novo Banco até 3.890 milhões de euros por perdas num conjunto de ativos, dos quais o banco já foi buscar 2.976 milhões de euros) e têm sido noticiados negócios suspeitos, motivando duras críticas de todos os quadrantes políticos.
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