OCDE: Crescimento económico na Índia vai abrandar
A OCDE prevê que o crescimento económico na Índia e em Portugal perca o fulgor num período de seis a nove meses. O indicador avançado traz más notícias.
António Costa está em visita de Estado à Índia onde pretende captar investimento para Portugal. A Índia é dos países que mais cresce a nível mundial, apesar da revisão em baixa da subida do PIB em 2017, mas o indicador avançado da OCDE que prevê a tendência da economia daqui a seis meses não tem boas notícias: a economia indiana vai abrandar o ritmo de crescimento.
Os dados foram divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, que também dá más notícias a Portugal. Até setembro, o indicador avançado previa uma tendência de melhoria da atividade económica em Portugal para os próximos seis meses. Mas a tendência inverteu-se e, apesar de ainda estar acima dos 100 pontos (série de referência, para onde a curva tende), a previsão piorou e atingiu em novembro os 100.40.
Indicador avançado de Portugal
A mesma marca conseguiu a Zona Euro, mas esta vinha de um movimento ascendente por estar nos meses anteriores atrás da linha dos 100 pontos. Nos próximos seis meses a economia do euro vai estar, segundo a OCDE, num momento estável de crescimento. O indicador prevê um ciclo de crescimento económico na Alemanha e em França, acompanhadas pelo Reino Unido, se bem que com sinais mais tímidos uma vez que a incerteza persiste.
Os dados de novembro confirmam o “momentum” de crescimento nos Estados Unidos da América e Canadá que já tinha sido sinalizado pelos dados relativos a outubro. No seu todo, a área da OCDE deverá manter um crescimento estável. Os principais sinais de tendência de crescimento económico estão na China, Brasil e Rússia. Já a economia indiana estará a perder gás daqui a seis meses.
O valor registado em novembro pelo indicador avançado para Portugal mantém-se acima da média de longo prazo estabelecida pelo estudo de 100 pontos. Este indicador calculado pela OCDE aponta para a tendência de melhoria ou abrandamento da atividade económica num período futuro entre seis a nove meses. O indicador é usado para prever movimentos económicos, usando informação qualitativa em vez de quantitativa.
O índice compósito é acompanhado por uma série de referência sobre a qual é construído este indicador de ciclos. Atualmente o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país é a série de referência usada pela OCDE para calcular o valor do índice compósito. A série de referência é variável económica cujos movimentos cíclicos se pretendem prever.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)
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