Frota da Douro Azul cresce em tempos de pandemia. Terceiro navio já flutua nos estaleiros de Viana do Castelo

O World Navigator iniciará a sua operação em 2021 e tem capacidade para 200 passageiros. Este navio de construção nacional, está preparado para navegar nos mares gelados da Antártida e do Ártico.

Nem a pandemia do novo coronavírus impediu a construção do navio “World Navigator”, do grupo português de cruzeiros Mystic Cruises, dono da Douro Azul, que já flutua nos Estaleiros de Viana do Castelo. O navio já se encontra numa fase avançada de construção e está previsto que no verão do próximo ano comece a navegar para as águas do ártico. Este será o terceiro de uma frota de seis navios de expedição que o grupo pretende colocar em atividade até 2023.

“Fomos um dos poucos operadores mundiais que não suspendeu a construção naval durante este período, tendo mesmo acelerado o processo de desenvolvimento dos três navios (dois oceânicos e um de rio) que tínhamos iniciado. Foi-nos possível manter estes processos devido a um planeamento e esforço financeiro rigoroso, mantivemos os 110 milhões de euros previsto de construção naval em Viana para o ano 2020, suportando assim tão vital setor da economia portuguesa”, destaca Mário Ferreira, CEO da Mystic Invest, em comunicado.

Com capacidade para 200 passageiros e 130 tripulantes, este navio de construção nacional, está preparado para navegar nos mares gelados da Antártida e do Ártico, bem como realizar cruzeiros transatlânticos e programas de exploração em alguns dos destinos mais exclusivos do planeta, que serão comercializados exclusivamente pela Atlas Ocean Voyages, linha comercial da Mystic Invest Holding que actua no mercado norte-americano e tem base em Fort Lauderdale.

O terceiro navio iniciará a sua operação no Verão de 2021, altura em que se juntará ao MS World Explorer, lançado em 2019, e ao MS World Voyager navio que se encontra preparado para iniciar operação este ano.

Mário Ferreira explica que o grupo apostou na construção de navios mais pequenos com uma finalidade muito específica, “o acesso a destinos mais restritos onde os grandes paquetes não conseguem chegar”, explica o líder. Entre os destaques em termos de destinos estarão o Mediterrâneo, com visitas ao Egito e Terra Santa, o Mar Negro com possibilidade de visita a Chernobyl, e a viagem Transatlântica entre Portugal e o Brasil, bem como, os cruzeiros nas águas geladas da Antártida e do Ártico.

De acordo com Mário Ferreira, a preparação para a navegação na Antártida obriga a cuidados específicos na construção do navio, setor onde a empresa portuguesa continua a inovar: “Tal como o Explorer e o Voyager, o Navigator foi construído com reforços em aço especialmente preparado para navegar em águas com gelo até um metro de espessura. Para além do cuidado com o casco, é um navio ecologicamente sustentável, sistema de captação e tratamento de resíduos, corte radical do uso de plásticos a bordo, está equipado com motores híbridos de menor consumo e emissões, preparado para ser ligado à corrente elétrica de terra nos portos onde atraca, e equipado com inovador e complexo sistema de propulsão que usa também jatos de água para propulsão até cinco nós e que protege o ambiente marinho, fomos a primeira empresa a implementar este modelo a nível mundial”, conclui Mário Ferreira.

De acordo com a empresa, a frota da Mystic Cruises é uma das mais ecossustentáveis a operar no mercado mundial de cruzeiros.

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