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As reservas do mercado inglês, um dos principais emissores turísticos da Madeira, “começaram a surgir”, mas a retoma “foi mais rápida” por parte dos operadores alemães, diz Miguel Albuquerque.
As reservas do mercado inglês, um dos principais emissores turísticos da Madeira, “começaram a surgir”, mas a retoma “foi mais rápida” por parte dos operadores alemães, disse esta quarta-feira o presidente do Governo Regional.
“Quanto à retoma económica, começam a surgir as marcações relativamente ao mercado inglês, mas não é nenhuma subida abrupta e ninguém pensava que fosse”, declarou Miguel Albuquerque, à margem da visita que efetuou às obras de repavimentação da Estrada da Corrida, na freguesia do Jardim da Serra, um investimento na ordem dos 200 mil euros.
O governante madeirense adiantou que, “neste momento, os principais grupos que trabalham com o mercado inglês começam a ter sintomas positivos”.
Albuquerque destacou que “o mercado alemão continua a crescer e os operadores estão a ter uma resposta muito positiva”, sem avançar com números sobre as reservas.
“A reação do mercado alemão foi mais rápida do que se pensava e o mercado inglês, neste momento, está com alguma retoma. Vamos aguardar”, sustentou.
O Reino Unido declarou na passada semana o fim da obrigatoriedade do cumprimento de quarentena para os cidadãos que visitem Portugal, uma situação que começou a originar reservas nas unidades hoteleiras da região, mas cujos números ainda não foram divulgados.
Miguel Albuquerque foi também questionado pelos jornalistas sobre os apoios programados pelo Governo Regional para apoiar os trabalhadores e empresas afetados pela pandemia da Covid-19, tendo destacado a última medida adotada, uma linha de 20 milhões de euros que permite conceder ajudas até 700 mil euros para as empresas.
“Foi preciso uma autorização da União Europeia para podermos apoiar as empresas num valor superior a 200 mil e, sobretudo, para os grandes grupos era importante o apoio até 700 mil euros”, realçou.
No entender do chefe do executivo insular, “está tudo a decorrer dentro daquilo que são as circunstâncias de retoma e as dificuldades existentes”, apontando que estão a ser programados outros apoios que “serão oportunamente anunciados”.
Questionado sobre as eleições presidenciais e as autárquicas, considerou ser extemporâneo abordar o assunto, declarando que “ainda há muito tempo”.
No que diz respeito às eleições autárquicas, Albuquerque afirmou apenas ser matérias para abordar após a realização do congresso regional do PSD/Madeira, agendando para novembro, indicando que este é um processo para “ser conduzir com ponderação” e só depois serão divulgados os candidatos e a estratégia.
“A ideia é fazermos aquilo que é necessário: ganhar as [câmaras municipais na região] que estão na oposição, para salvaguarda da população”, vincou, considerando que nestes município “nada acontece, há uma esclerose executiva e os concelhos estão na mesma”.
O PSD, que durante muitos anos governou os 11 concelhos da Madeira, perdeu sete câmaras nas últimas autárquicas (2017), não conseguiu reconquistar o principal município da região, o Funchal, e apenas tem maioria em Câmara de Lobos, Calheta, Porto Santo e São Vicente, onde apoiou o movimento de cidadãos (Unidos por São Vicente).
Albuquerque admitiu que o partido “não descarta” acordos com outros partidos nos concelhos onde é oposição, indicando ser preciso garantir “governos municipais com capacidade executiva”, caso contrário “os concelhos ficam estagnados”.
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