Há cada vez mais quartos para arrendar. Preços descem em Lisboa e no Porto

Há cada vez mais quartos para arrendar em casas partilhadas. A oferta disparou quase 80% no último ano, o que provocou descidas nos preços em Lisboa e no Porto. Coimbra passou a ser cidade mais barata para se arrendar um quarto.

Segundo um estudo publicado pelo Idealista, a oferta de quartos para arrendar em casas partilhadas aumentou 77% entre agosto de 2019 e agosto de 2020. E se a oferta aumentou, certo é que a procura também aumentou, ainda que em menor percentagem (8%).

Neste contexto, os preços baixaram em Lisboa e no Porto, 9% e 3% respetivamente. Ainda assim, a capital continua a ser a cidade com os quartos em Portugal, onde os preços rondam os 371 euros mensais. Contas feitas são menos 39 euros do que em agosto de 2019. Segue-se a Invicta, onde o arrendamento custa cerca de 299 euros por mês (menos nove euros) e Faro, (290 euros, ou seja, menos 25 euros).

No extremo oposto, entre as cidades analisadas, Coimbra é a cidade onde os preços são mais baratos, “destronando” Leiria que detinha o anterior “recorde”. Nesse sentido, um quarto em Coimbra custa agora 203 euros (mais um euro do que em igual período do ano passado), enquanto em Leiria o arrendamento fica por 214 euros (mais 24 euros).

Mas quem procura um quarto?

Numa altura em que milhares de estudantes se preparam para ingressar no Ensino Superior, vários começam a procurar casa para se mudarem de “malas e bagagens” para o local de ensino. Contudo, os dados revelam que as casas partilhadas deixaram de ser apenas uma opção dos estudantes.

A idade média dos habitantes de uma casa partilhada varia em função da zona geográfica, sendo Setúbal a cidade com a média mais alta, em torno dos 35 anos. Seguem-se Braga, com uma média de idades de 33 anos e Lisboa onde a média é de 32 anos. Ao passo, que em Coimbra, cidade fortemente marcada pelo espírito académico, a média de idade ronda os 27 anos. Contas feitas, de acordo com o Idealista, a média de idades ronda os jovens de 33 anos, que vivem no centro de grandes cidades.