Medicina interna lidera vagas em nova contratação para SNS
A medicina interna é a área hospitalar que vai receber o maior reforço no âmbito dos concursos para a contratação de 950 médicos para o SNS, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
A medicina interna é a área hospitalar que vai receber o maior reforço no âmbito dos concursos para a contratação de 950 médicos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou este sábado o Ministério da Saúde.
O despacho com a distribuição do contingente das 950 vagas do concurso de 1.ª época dos recém-especialistas nas áreas hospitalares (911) e de saúde pública (39) foi publicado, esta sexta-feira, em Diário da República.
No mesmo dia, foi também divulgado o aviso com a abertura do concurso para o recrutamento de pessoal médico para a categoria de assistente da carreira especial médica e da carreira médica dos estabelecimentos de saúde de entidade pública empresarial, integrados no SNS.
Em comunicado, o ministério tutelado por Marta Temido precisou que, do total das 911 vagas para as áreas hospitalares, 151 correspondem à medicina interna, 68 à anestesiologia, 63 à pediatria médica, 49 à psiquiatria, 47 à cirurgia geral, 43 à ortopedia, 31 à ginecologia/obstetrícia e 30 à pneumologia.
Entre as áreas com o maior número de postos de trabalho estão também a neurologia (29), radiologia (29), medicina física e de reabilitação (28), oncologia média (26), cardiologia (25), oftalmologia (24), otorrinolaringologia (22) e patologia clínica (21). Ainda entre as áreas com maiores vagas figuram a gastrenterologia (19), endocrinologia e nutrição (17), doenças infecciosas (15), nefrologia (14), dermatovenereologia (13), urologia (12), hematologia clínica (11), anatomia patológica (11), imuno-hemoterapia (11), psiquiatria de infância e de adolescência (11) e reumatologia (10). Seguem-se as áreas de estomatologia (nove), neurocirurgia (oito), radioncologia (oito) medicina no trabalho (sete), angiologia e cirurgia vascular (sete), neurorradiologia (sete), imunoalergologia (seis), cirurgia plástica, reconstrutiva e estética (seis), medicina nuclear (cinco), cirurgia pediátrica (cinco) e cirurgia maxilo-facial (quatro). No final da tabela aparecem a cardiologia pediátrica (três), cirurgia cardíaca (duas), cirurgia torácica (duas), farmacologia clínica (uma) e genética média (uma).
De acordo com os dados avançados pelo executivo, este concurso representa um aumento de 9,6% dos postos de trabalho face ao ano passado e um acréscimo de 30% nas vagas em comparação com a primeira época de 2016.
“A abertura deste concurso vai ao encontro do programa do XXII Governo Constitucional, designadamente, fortalecimento do Serviço Nacional de Saúde e da sua capacidade de resposta às necessidades da população, através da melhoria do acesso e da qualidade, equidade e universalidade dos serviços prestados, do reforço dos recursos humanos do SNS, particularmente, do recrutamento de médicos”, notou o Ministério da Saúde.
O Governo sublinhou ainda que quer dotar a rede pública de serviços de saúde de pessoal médico, em particular, os estabelecimentos mais periféricos, não especificando quais são as unidades em causa.
Este concurso, conforme destacou o ministério, teve ainda em conta a situação epidemiológica do país e as consequentes exigências de resposta do SNS.
Na quarta-feira, Marta Temido tinha anunciado a publicação dos concursos para a contratação de 950 médicos para o SNS.
Questionada, na altura, sobre as queixas de alguns hospitais do país de falta de médicos, nomeadamente em Beja, Évora, Santa Maria da Feira e Santarém, a ministra garantiu que têm sido acompanhadas as dificuldades de algumas instituições relacionadas com a carência de profissionais e em especial em algumas especialidades, como a pediatria.
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