O novo papel do gestor de pessoas na Lusofonia

  • Anabela Chastre
  • 14 Setembro 2020

As pessoas deixaram de ser recursos, logo a função tem mais significado se a aliarmos a um conceito de gestão de pessoas.

Ao longo dos anos, temos assistido à mudança do papel do gestor de recursos humanos. As transformações acompanharam diferentes épocas e necessidades e o gestor de RH teve diferentes papéis dentro da organização, desde atividades repetitivas e rotineiras até aos dias de hoje, onde tem um papel de estratégia, fundamental na organização.

A própria designação da função foi alterando e hoje chamar gestor de recursos humanos já não parece tão adequado. As pessoas deixaram de ser recursos, logo a função tem mais significado se a aliarmos a um conceito de gestão de pessoas.

Os tempos mudaram, as empresas mudaram e os colaboradores também. Hoje os colaboradores têm gostos e necessidades diferentes. Por essa razão, a exigência do cargo é muito grande. Conseguimos ver muitas semelhanças do gestor de pessoas na lusofonia, talvez porque as pessoas têm traços de personalidade muito idênticos, bem como as organizações, que passam por desafios muito semelhantes.

Não temos um perfil traçado, mas acreditamos que este gestor pessoas deva ser uma pessoa comprometida com o propósito da empresa e que saiba traduzi-lo numa cultura cada vez mais agregadora, onde o papel da pessoa seja efetivamente tido, como o ativo mais importante na organização.

Para tal, este gestor de pessoas na lusofonia deve ser, o que alguns chamaram de “Ser Humano Organizacional”, cujo papel assenta na definição de políticas, procedimentos e estratégias que contemplem a Pessoa como um todo e não apenas, como um mero funcionário que presta um serviço.

Com a pandemia que vivemos atualmente, novos desafios apareceram. O teletrabalho trouxe a necessidade de equilíbrio entre vida e o trabalho e esse, está a ser um desafio enorme para o Gestor de Pessoas na nova normalidade. A necessidade dos colaboradores terem acompanhamento psicológico, passou a ser um desafio que as empresas tiveram que dar resposta. Esse foi mais um exemplo, das adaptações que as empresas terão que fazer nos próximos tempos e a implementação estará a cargo do gestor de pessoas.

Gerir pessoas nunca foi fácil e nunca o será. Cada vez mais, precisamos de profissionais nesta área, que sejam tolerantes, empáticos e capazes de lidar com situações adversas.

Ser um Gestor de Pessoas nas organizações atuais, é um desafio diário, gerido ao minuto. É preciso gostar de pessoas verdadeiramente, para compreender as suas necessidades e saber encontrar soluções, mesmo quando elas não são óbvias.

O novo Gestor de Pessoas na lusofonia, é um profissional na linha da frente e por essa razão deve ter o merecido reconhecimento, que muito lhe faltou nos últimos anos.

*Anabela Chastre é presidente da Cimeira Lusófona de Liderança e professora universitária.

  • Anabela Chastre

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