O que um líder necessita perguntar quando lidera uma equipa remota
A relação de coaching pode permitir ao cliente, com maior consciência, estabelecer uma maior autoconfiança.
Mesmo que quiséssemos, não podemos escapar ao impacto da Covid-19 em nossas vidas e em nosso trabalho. Esperançosos no início, agora estamos a lidar com vários meses de incertezas, interrupções e ajustes significativos nas nossas rotinas diárias. Uma das principais alterações que muitos sentem é a mudança – parcial ou total – de trabalho num ambiente remoto.
Para alguns, trabalhar em casa tem sido uma experiência diária. Para outros, foi a primeira mudança na vida ou na carreira e, por vezes, encontrar uma maneira de permanecer focado; produtivo e motivado, sem estar cercado de colegas e pares, e sem estar na presença direta de um supervisor, pode ser desafiador. Alguns consideraram essa mudança muito atraente, enquanto outros tiveram dificuldades em se adaptar.
Esta dinâmica não é diferente para os líderes que se viram chamados a atuar num ambiente muito diferente. Para alguns, foi apenas uma extensão da prática já existente enquanto, para outros, foi um desafio novo um tanto assustador.
Um instinto natural pode levar-nos a perguntas que os líderes deveriam fazer às suas equipas – como posso ajudá-lo a instalar-se, o que precisa para produzir de acordo com o que é esperado de si, o que precisa negociar para ser capaz de ter o melhor desempenho?
Todavia, um líder deve pensar nas próprias perguntas. Quais são as suas preocupações? Quais são os seus medos? De que ajuda eles precisam?
Muitos líderes, nas atuais circunstâncias, admitem que a pergunta que surgiu primeiro foi “como a minha equipa pode continuar a fazer um bom trabalho?”. Esta pergunta parece natural e intuitiva. No entanto, conforme relatado pela Entrepreneurs Organization (EO), ao examinar a situação mais detalhadamente, os líderes mudaram essa questão para “eu confio na minha equipa para fazer um bom trabalho?”. E isso não é tudo – após uma reflexão mais aprofundada, os líderes perguntaram se eles poderiam confiar em si mesmos para continuar a ser bons líderes nestes tempos incomuns.
A autoconsciência é uma das características da liderança moderna e muitas vezes é a razão pela qual os líderes se envolvem em programas de coaching profissional. A consciência é definida de várias maneiras – o estado de estar consciente de algo. Mais especificamente, é a capacidade de saber e perceber diretamente, sentir ou estar ciente das situações. Como afirmou a Dra. Tasha Eurich: “A autoconsciência parece ter se tornado a última palavra da moda na gestão – e por boas razões. A pesquisa sugere que, quando nos vemos com clareza, ficamos mais confiantes e mais criativos. Tomamos decisões mais sólidas, construímos relacionamentos mais fortes e comunicamos com mais eficácia. E somos líderes com funcionários mais satisfeitos e empresas mais lucrativas.” A pesquisa de Tasha também indica que, embora muitos líderes se considerem autoconscientes, apenas 10-15% deles realmente o são.
Evocar consciência é uma das principais competências de coaching e um coach profissional pode ajudar um cliente a realmente alcançar a profundidade do seu eu pessoal e profissional. A relação de coaching pode permitir ao cliente, com maior consciência, estabelecer uma maior autoconfiança. Esta é expressa por: estar ciente dos seus pensamentos e sentimentos e expressá-los; seguir os seus padrões pessoais e o seu código de ética; saber quando necessita cuidar primeiro de si mesmo; saber que pode sobreviver aos erros, levantar-se e tentar novamente; e perseguir o que você quer sem parar ou limitar os outros.
A autoconfiança é outro aspeto da liderança moderna e é essencial, principalmente nos dias de hoje, quando lideramos equipas remotas.
Trabalhar com um coach profissional da ICF pode ajudar os líderes a ajustarem-se aos tempos atuais, com autoconsciência e autoconfiança. Estas são competências de vida e absolutamente indispensáveis no ambiente de negócios de hoje.
*Magdalena Nowicka Mook é CEO da International Coaching Federation
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