BCE está pronto a agir face a um euro forte
Isabel Schnabel, da Comissão Executiva do BCE, diz que a recuperação económica será demorada e que o euro forte pode levar a instituição a intervir se pressionar as perspetivas de inflação.
Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que a recuperação económica na Zona Euro será demorada e que o euro forte pode levar a instituição a intervir se pressionar as perspetivas de inflação.
Numa entrevista à AFP, a responsável alemã disse que a instituição está pronta a agir se os dados económicos que forem divulgados “não corresponderem ao objetivo de inflação”.
“Não temos como objetivo uma taxa de câmbio. Ajustamos as nossas políticas em função das perspetivas de inflação a médio prazo. Na última reunião do Conselho de Governadores (…), a presidente Christine Lagarde explicou na conferência de imprensa que são necessárias mais informações sobre a evolução da pandemia, sobre a transmissão das nossas medidas à economia real e a persistência de flutuações nas taxas de câmbio”, afirmou Schnabel, questionada sobre a recente valorização da moeda europeia.
“Continuamos a seguir atentamente as informações que nos chegam, incluindo a evolução das taxas de câmbio e estamos prontos a agir se os dados que recebermos não corresponderem ao objetivo das medidas de emergência que adotámos” quanto à inflação, num contexto de pandemia, acrescentou.
Nas declarações à AFP, Isabel Schnabel defendeu também que a economia continua a necessitar do apoio de políticas monetárias e orçamentais.
“Seria perigoso interromper prematuramente os apoios orçamentais. Esse erro já foi cometido no passado e creio que não o devemos repetir”, afirmou.
Questionada sobre a hipótese de uma saída britânica da União Europeia (‘Brexit’) sem acordo, a dirigente do BCE considerou que isso seria “nefasto para todos, em particular para o Reino Unido, mas também para a zona euro” e disse que os negociadores devem fazer tudo para evitar esse resultado.
“De qualquer forma, é importante que as instituições financeiras e agentes do mercado estejam preparados para a possibilidade de não haver acordo”, salientou.
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