BCE está a reavaliar a compra de dívida de emergência
Dois membros do Conselho de Governadores disseram ao Financial Times que a entidade monetária está a estudar mudanças na duração e critérios de flexibilidade do programa lançado devido à pandemia.
O Banco Central Europeu (BCE) lançou uma revisão aos estímulos que está a conduzir devido ao coronavírus. Dois membros do Conselho de Governadores explicaram ao Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês) que o objetivo é medir a eficácia do programa de compra de ativos de emergência pandémica (PEPP), nomeadamente quanto à duração e flexibilidade.
A revisão vai focar-se no programa de compra de dívida que foi lançado em março e reforçado em junho para 1,35 biliões de euros. Uma das principais características é que, ao contrário dos programas que estavam em curso, não há regras tão rígidas sobre a quantidade de dívida que o BCE pode comprar de cada país ou à distribuição dos montantes.
“Essa flexibilidade extra tem sido útil“, afirmou um dos membros do Conselho ao FT. “Devemos olhar para todos os elementos da caixa de ferramentas muito cuidadosamente. Vamos ter uma boa discussão, um bom debate, e não sei onde nos irá levar”.
As principais questões sob análise serão a duração que devem ter os estímulos extraordinários, bem como se a flexibilidade na alocação do financiamento deverá ser adotada também pelos outros programas que o BCE conduz. Contactado pelo jornal britânico, o BCE recusou comentar, sendo que o poderá vir a fazer na próxima reunião dos decisores políticos a 29 de outubro.
Em julho, os governadores elogiaram a flexibilidade do programa, dizendo que tem sido um elemento chave para a eficácia e eficiência no apoio à transmissão da política monetária ao longo do tempo, classes de ativos e jurisdições, como demonstraram as minutas do encontro. No entanto, alguns elementos (que não sabe quem são, nem quantos) defenderam que se comece a ver o fim.
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