CIP elogia aposta do Plano de Recuperação em melhorar a Função Pública porque isso ajuda as empresas

Apesar de destacar a importância da capitalização das empresas, o presidente da CIP aponta que uma Administração Pública mais moderna traz mais facilidade à envolvente empresarial.

António Saraiva sublinha a importância de fortalecer as empresas, numa altura em que se discute o Plano de Recuperação Económica de Portugal, mas ao contrário daqueles que apontam como falha uma aposta limitada nas empresas, o patrão dos patrões frisa que “uma melhor Administração Pública, mais moderna, traz seguramente desburocratização” e isso, por sua vez, representa uma maior “facilidade” para a envolvente empresarial.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defende também que a contratação pública e os seus critérios “têm de ser devidamente acautelados para que as empresas portuguesas não fiquem prejudicadas nos trabalhos que seguramente vão ter, nas oportunidades que se vão abrir”, após a reunião do Conselho Económico e Social (CES), que contou com a presença do primeiro-ministro e dos ministros da Economia e do Planeamento.

Quanto às empresas, António Saraiva sublinhou que “é fundamental promover fusões e concentrações, a capitalização e recapitalização das empresas, formação, qualificação e requalificação dos recursos humanos, como meta a atingir para sermos mais competitivos e para que o país possa ganhar a batalha da competitividade”.

Para estes objetivos, nomeadamente de forma a que as empresas estejam mais “robustas” e “fortalecidas para os desafios” que se seguem, o presidente da CIP destacou também a importância do trabalho do Banco de Fomento, que deverá arrancar em novembro, que “tem de ter uma missão nesse sentido”.

CGTP preocupada com aumento de salários

Depois da reunião do CES, onde foi discutido o Plano de Recuperação do país, a secretária geral da CGTP reitera que é ainda necessário perceber como é que os objetivos inscritos no documento se vão concretizar. Para além disso, mostrou-se preocupada com a resposta de António Costa relativamente ao aumento do salário mínimo nacional, que “terá em conta situação da economia”.

Isabel Camarinha aponta que a central sindical está de acordo com as prioridades contempladas no plano, nomeadamente relativas à administração pública e à coesão territorial, por exemplo, mas reitera que é necessário “ver como se repercute” e como “contribuem para a melhoria das condições de vida e de trabalho do país”, disse, em declarações transmitidas pela RTP3.

A secretária-geral da CGTP acrescentou também que colocaram alguns aspeto ao primeiro-ministro, como a valorização de salários, e que a resposta “não vai no sentido” que considera fundamental, de um aumento do salário mínimo “de forma significativa”. António Costa adiantou que o Governo tem “intenção e mantém o objetivo de, até ao final legislatura, o SMN atingir os 750 euros”.

No entanto, o primeiro-ministro disse à CGTP que este ano “terá que se ter em conta a situação da economia, e que o aumento este ano poderá não ser igual a 2020”.

(Notícia atualizada com mais informações às 19h35)

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