Pharol à espera do que vai acontecer à Oi
Ouvido no Instituto Superior Técnico esta sexta-feira de manhã, o presidente referiu, face ao futuro da Pharol, que "os valores [relativos à Oi] não podem ser quantificados com facilidade".
O presidente da Pharol (antiga PT SGPS), Luís Palha da Silva, disse esta sexta-feira que o foco é a otimização do valor dos ativos, como a participação na Oi, e a recuperação do máximo valor investido na dívida da Rioforte.
“A estratégia [da Pharol] é a concentração num esforço muito grande de otimização do valor dos poucos ativos que temos, um deles é grande e é a nossa participação na [operadora brasileira] Oi e o segundo é recuperarmos o máximo que pudermos do crédito que temos na Rioforte”, disse Luís Palha da Silva, à margem da conferência da Centromarca, que hoje decorreu no Instituto Superior Técnico.
Luís Palha da Silva afirmou que é esse o trabalho que a empresa faz todos os dias e que absorve muito tempo, assim como aos seus advogados.
Cauteloso relativamente ao futuro da Pharol, Palha da Silva afirmou que os valores “não podem ser quantificados com facilidade”.
“Não posso dizer que vamos receber tanto e que isso está certo, tudo depende do que puder ser a evolução da Oi e o que puder ser a recuperação de todos os créditos sobre a Rioforte, que são muitos”, afirmou.
Este caso tem que ver com a aplicação de 897 milhões de euros da Portugal Telecom (PT SGPS e PT Finance) em dívida da Rioforte, ‘holding’ do GES, os quais nunca foram reembolsados, o que teve consequências no processo de fusão da PT com a brasileira Oi então em curso.
Sobre os processos que correm em tribunal e a decisão dos acionistas da antiga PT sobre a venda da PT Portugal, Palha da Silva apenas disse: “Se me pergunta se estamos numa boa situação, é óbvio que não”.
Em novembro, Luís Palha da Silva, citado no diário brasileiro O Globo, admitiu que a Pharol estava disposta a diluir a sua participação na operadora de telecomunicações brasileira, detida em 27% pela antiga PT SGPS.
Com uma dívida de 65,4 mil milhões de reais (18,15 mil milhões de euros), a operadora de telecomunicações brasileira enfrenta um processo de recuperação judicial para evitar a falência.
O prejuízo da Pharol melhorou até setembro, face a igual período de 2015, para 56,1 milhões de euros, resultado que reflete uma perda de 48,8 milhões de euros devido à Rioforte, segundo os últimos resultados apresentados pela empresa.
Nos primeiros nove meses de 2015, a Pharol, que é acionista de referência da operadora brasileira Oi (em processo de recuperação), registou prejuízos de 137,3 milhões de euros.
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