Lisboa cai pelo sétimo dia, com BCP a renovar mínimos históricos
BCP desvalorizou mais de 4% para um novo mínimo histórico, abaixo dos oito cêntimos por ação, sendo o principal motor do recuo do PSI-20. Em seis sessões, o BCP já desvalorizou mais de 14%.
A bolsa nacional voltou a estar sob forte pressão esta sexta-feira, selando o pior ciclo de perdas do ano. O índice PSI-20 fechou no vermelho pela sétima sessão consecutiva, condicionado pelo BCP cujas ações derraparam mais de 4%, para um novo mínimo histórico abaixo dos oito cêntimos. Em seis sessões, o BCP já desvalorizou mais de 14%.
O PSI-20 desvalorizou 1,33%, para os 3.995,6 pontos, com 14 dos seus títulos em terreno negativo, um inalterado e apenas três em alta. Na Europa, o sentimento geral também foi negativo, com os investidores a evitarem os ativos de risco. O Stoxx 600 — índice que agrega as 600 principais capitalizações bolsistas do Velho Continente — perdeu 0,2%, mas houve quedas mais dilatadas.
A praça bolsista nacional igualou assim o pior ciclo de perdas desde o final de novembro do ano passado, tendo sido condicionada nas últimas sessões em grande medida pelo desempenho negativo do BCP.
Evolução das ações do BCP
As ações do banco liderado por Miguel Maya recuaram 4,23%, para os 7,92 cêntimos, renovando assim os mínimos históricos que têm marcado as últimas seis sessões. Nesse período, o título desvalorizou mais de 14%.
Numa altura em que a crise provocada pela pandemia assusta os investidores, levando-os a afastarem-se de ativos considerados de maior risco, como as ações, a banca acaba por ser percecionada como sendo um setor com risco extra. Receios com aumento de imparidades por causa da Covid-19 justificam esta maior cautela que está a pesar no setor. O Stoxx Banks tem registado quedas consecutivas, sendo que esta sexta-feira voltou a recuar 1,32%.
No resto da praça bolsista nacional a tendência geral também foi negativa, com a Galp Energia a sobressair também pela negativa. As suas ações recuaram 2,21%, para os 7,806 euros, naquela que foi a terceira sessão consecutiva de perdas.
A perder em torno de 2% terminaram também as papeleiras. As ações da Altri recuaram 2,23%, para os 8,6 cêntimos, as da Semapa desceram 1,92%, para os 7,17 euros, e as da Navigator caíram 1,9%, para os 2,066 euros.
Fora do PSI-20 destaque negativo ainda para a Cofina que fechou também num novo mínimo histórico. As ações recuaram 1,53%, para os 19,2 cêntimos, dando continuidade ao rumo descendente registado desde que falhou a compra da Media Capital em março.
(Notícia atualizada às 17h09)
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