Marcelo pressiona Rio a viabilizar Orçamento do Estado
O Presidente da República reforça a importância de aprovar o Orçamento do Estado nesta altura de crise económica e social e em que está impedido de dissolver o Parlamento e convocar eleições.
O Presidente da República volta a sublinhar a importância de aprovar o Orçamento do Estado (OE) para 2021 e pressiona Rui Rio a dar luz verde ao documento se a esquerda não o fizer. Marcelo Rebelo de Sousa argumenta que há um “limite para aquilo que é a livre escolha dos partidos e dos políticos”, perante a viabilização do documento, e lembra que também ele, no passado, viabilizou orçamentos, mesmo sem concordar totalmente com eles.
Enquanto líder da oposição, “por muito menos” que a situação que se vive agora, “viabilizei três Orçamentos do Estado do primeiro-ministro António Guterres”, recordou Marcelo, em declarações transmitidas pela RTP3. O Presidente vê como normal que o documento seja viabilizado à esquerda, mas se tal não acontecer acredita que a oposição, “nomeadamente aquela que ambiciona ser Governo”, pensará o que pensou nessa altura, quando era “líder de um partido de centro-direita em relação a um Governo de esquerda”.
O Chefe de Estado dramatiza assim a situação já que ainda há dois dias frisava que era “natural” que o Orçamento fosse seja viabilizado à esquerda, já que um bloco central “não é solução duradoura”. Com os partidos à esquerda a esticar a corda nas negociações do Orçamento — Catarina Martins na quinta-feira atirava a António Costa que a duas semanas nada sabia do documento — Marcelo ironiza que não lhe passa pela cabeça que, neste momento, seja chumbado o OE. “Há um limite para aquilo que é a livre escolha dos partidos e dos políticos”, reitera, sobretudo quando Portugal está “perante uma situação, que é grave, na pandemia, na crise económica e social”, a negociar um montante sem precedentes de fundos europeus e quando vai assumir a presidência rotativa da União Europeia, defende o Chefe de Estado.
“É nessa altura em que se provoca uma crise, quando o Presidente não pode dissolver?“, questiona ainda Marcelo, mostrando-se assim contra o cenário de uma crise política, num momento em que já perdeu o poder de dissolver a Assembleia da República, por ter entrado no último semestre do mandato.
(Notícia atualizada às 18h15)
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