Simulações: veja aqui o seu salário com as novas tabelas de IRS
As novas tabelas de retenção na fonte de IRS já foram anunciadas. O ECO pediu à EY que simulasse o impacto das alterações para diferentes níveis de rendimento.
As novas tabelas de retenção na fonte do IRS vão ser atualizadas em 0,8%. Para perceber o impacto da alteração no rendimento que os trabalhadores levam para casa, ao final do mês, o ECO pediu simulações à EY.
As contas da consultora incluem também o efeito da eliminação, ao longo do ano, da sobretaxa de IRS — bem como do impacto da atualização das próprias tabelas da sobretaxa. Simulam o salário de um trabalhador do setor privado e excluem do cálculo os meses de pagamento dos subsídios de Férias e de Natal.
Para todos os casos em que os trabalhadores têm um salário suficientemente elevado para fazerem retenção de IRS na fonte, o efeito é positivo. Mas quanto mais elevado é o rendimento, mais se sente a diferença em termos absolutos.
Por exemplo, no salário mínimo, de 557 euros brutos por mês, o efeito é nulo. Um sujeito passivo (SP), casado, em que os dois membros do casal têm rendimentos, e têm um filho, não fazia retenção na fonte em 2016 e não pagava sobretaxa. Em 2017, a situação mantém-se. Por isso paga apenas a contribuição para a Segurança Social e leva para casa 495,73 euros ao final do mês, tal como acontecia no ano passado.
Já num trabalhador casado, com um filho, com mil euros de rendimentos bruto mensal, a diferença sente-se a partir de janeiro. O salário líquido sobe 12 euros — dez euros devido à redução da retenção na fonte, dois euros porque deixa de pagar sobretaxa.
Já se o salário bruto for de 2.080 euros por mês, o rendimento disponível vai variar ao longo do ano, por causa da sobretaxa. Em 2016, este trabalhador tinha um rendimento líquido de 1.338,20 euros por mês. A partir de janeiro e até junho, vai passar a levar para casa 1.359,20 euros — ou seja, mais 21 euros. Este ganho deve-se exclusivamente à atualização das tabelas de retenção na fonte. Depois, a partir de julho e até ao final do ano, a remuneração líquida sobe para 1.373,20 euros por mês (uma diferença de 35 euros face a 2016). Este efeito resulta do fim da sobretaxa de IRS para este escalão de rendimentos.
Para rendimentos ainda mais elevados, o aumento do rendimento líquido mensal, em termos absolutos, é ainda maior. Por exemplo, um sujeito passivo, casado (dois titulares) e com um filho, que ganhe 5.170 euros brutos por mês, levava para casa 2.764,30 euros em 2016. Esta ano, leva mais 51 euros para casa logo a partir de janeiro, por causa da atualização das tabelas de retenção na fonte. Depois, em dezembro, quando deixa de pagar a sobretaxa, o aumento é de 121 euros. O seu salário líquido, em dezembro, é de 2.885,30 euros.
O mesmo acontece para rendimentos ainda mais elevados. Num exemplo em que o trabalhador aufere 9.500 euros brutos por mês, e é também um sujeito passivo casado, numa casa com dois titulares de rendimentos e um filho, o salário líquido passa de 4.484 euros em 2016, para 4.576 euros a partir de janeiro. São mais 92 euros por mês. Em dezembro, quando deixa de pagar a sobretaxa, o vencimento líquido passa para 4.722 euros — uma diferença de 238 euros face a 2016.
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