Há mais 425 infetados com Covid-19. Morreram quatro pessoas
Nas últimas 24 horas foram identificados 425 novos casos do novo coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 74.029.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 425 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 74.029 o número de infetados desde o início da pandemia. O número total de vítimas mortais subiu para 1.957, após terem sido registadas mais quatro mortes nas últimas 24 horas.
Existem atualmente 24.188 casos ativos, mais 184 nas últimas 24 horas. Trata-se do registo mais alto de sempre. A maioria dos novos casos foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Dos 425 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 188 localizam-se na região de Lisboa e (cerca de 44,24% do total), seguidos pela região Norte, que contabilizou 168 novas infeções (39,53%).
Boletim epidemiológico de 28 de setembro
Neste contexto, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (37.816 casos de infeção e 754 mortes), seguindo-se do Norte (26.575 casos e 884 mortes), do Centro (6.060 casos e 262 mortes), do Algarve (1.600 casos e 19 mortes) e do Alentejo (1.494 casos e 23 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 267 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 217 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.
Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 659 estão internados (mais 24 face ao dia anterior), dos quais 98 em unidades de cuidados intensivos (mais nove). Há ainda 44.171 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, menos 103 do que no balanço de domingo.
Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 237 recuperados, um número ligeiramente inferior relativamente ao último balanço. No total, já 47.884 pessoas recuperaram da da doença.
“Temos alguns surtos recentes em vários hospitais”, adianta Graça Freitas
Na conferência de imprensa desta segunda-feira a diretora-geral da Saúde admitiu que existem “alguns surtos recentes em vários hospitais” do país, adiantando que estão a ser investigados, de forma a detetar “possíveis ramificações para outros sítios”. “A situação está quanto tanto possível controlada e as cadeias de transmissão estão a ser investigadas“, garantiu Graça Freitas, em declarações transmitidas pelas televisões.
Entre os vários surtos detetados na região Norte está o surto numa instituição de saúde em Guimarães, que originou oito infetados e “está a acabar”, disse a diretora-geral de Saúde. Além disso, há também um outro surto numa instituição de saúde em Paredes, com quatro doentes, e também numa clínica na Póvoa de Varzim, que tem “à data tem 85 casos confirmados”. “Mas este é um surto antigo, teve um óbito já se originou no início de agosto e está em fase de maior resolução”, sinalizou Graça Freitas.
Quanto à região Centro, a diretora geral da Saúde deu conta de um outro surto no Hospital Sousa Martins, com dez casos e teve início a 15 de setembro, bem como, no Hospital de Leiria com oito casos confirmados até ao momento. Na região de Lisboa e Vale do Tejo há também um “pequeno surto” no Hospital Garcia de Orta, com dois casos confirmados, e “numa clínica psiquiátrica do Lumiar com 14 casos”, bem como um surto na clínica São João de Ávila com 16 casos.
Durante a conferência de imprensa foram ainda reveladas as conclusões de um estudo sobre a diversidade genética do novo coronavírus, um projeto de investigação coordenado pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge, que adianta que a mutação da Covid-19 em Itália esteve na origem da disseminação do vírus em Portugal.
“Hoje já sabemos que o arranque da epidemia da Covid-19 em Portugal foi provocado pela disseminação massiva de uma mutação específica do Sars-CoV-2 no seu principal antigénio, com origem em Itália, e que isso foi o responsável por 3.800 infeções em Portugal, especialmente no norte do país”, disse António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
(Notícia atualizada pela última vez às 14h30)
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