Governo contrata Korn Ferry para escolher CEO para a TAP
A Korn Ferry foi a consultora escolhida por Pedro Nuno Santos para selecionar um novo CEO para a TAP. O CEO interino, Ramiro Sequeira, também será candidato.
Ramiro Sequeira foi nomeado Chief Executive Officer (CEO) interino da TAP há menos de 15 dias, mas, já se sabia, o Governo já tinha anunciado que lançaria um processo de contratação de um novo presidente executivo através de uma empresa especializada. Agora, apurou o ECO junto de fonte governamental, a Korn Ferry foi a empresa escolhida para selecionar um CEO e tem 45 dias para o fazer.
Quando o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, anunciou o acordo para a compra da posição de David Neeleman na TAP, revelou também que Antonoaldo Neves não continuaria como CEO. “Não podemos ficar restringidos a Portugal. Se queremos gestores qualificados e com competência, temos de ir ao mercado, que é onde eles estão a trabalhar num setor muito global e específico, e temos de estar dispostos a pagar aquilo que custa um gestor qualificado”, disse Pedro Nuno Santos, em entrevista à SIC no passado dia 3 de julho. “O mais caro é termos um gestor sem competências”. Logo aí, ficou a saber-se que seria nomeado um gestor com caráter interino, que teria de trabalhar com o chairman da companhia, Miguel Frasquilho, no plano de reestruturação da companhia, a entregar a Bruxelas até ao final do ano por contrapartida com a ajuda pública de 1.200 milhões de euros de apoio.
Ramiro Sequeira era Chief Operating Officer (COO) da companhia desde 2018 e foi o escolhido para ser, transitoriamente, presidente da TAP. Mas poderá, ele próprio, vir a ser o escolhido, refere ao ECO uma fonte governamental. A Korn Ferry vai fazer o trabalho de casa, e o objetivo é fazer uma seleção de candidatos no mercado internacional. E o próprio Ramiro Sequeira deverá entrar nesta lista de candidatos.
O processo de seleção vai começar neste início de outubro e deverá, por isso, estar concluído em meados de novembro. É precisamente neste calendário que a TAP vai ter de apresentar o seu plano de reestruturação. E um plano particularmente exigente, tendo em conta os resultados deste primeiro semestre do ano e a lentidão na recuperação do negócio. A TAP nunca teve resultados tão negativos. Devido à pandemia, a companhia aérea portuguesa registou prejuízos de 582 milhões de euros no primeiro semestre do ano e adotou uma estratégia de combate à crise focada em cortar custos (especialmente despesa com salários) e travar a fundo nos investimentos. E lá fora, a tendência entre as companhias aéreas internacionais não é muito diferente.
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