Câmara do Porto aprova PIP para El Corte Inglés na Boavista
O El Corte Inglés pagou à Infraestruturas de Portugal 18,7 milhões de euros por um terreno, onde pretende construir um armazém comercial, um hotel e um edifício de habitação, comércio e serviços.
O Pedido de Informação Prévia (PIP) apresentado pelo El Corte Inglés para o terreno da antiga estação ferroviária da Boavista, no Porto, teve parecer favorável da Câmara, avançou esta sexta-feira à Lusa aquela autarquia.
“Relativamente a este tema, foi transmitida uma informação prévia favorável, com a indicação das várias condições que deverão ser cumpridas no âmbito de um pedido de licenciamento da operação de loteamento”, respondeu a Câmara do Porto, depois de questionada pela Lusa.
O El Corte Inglés pagou à Infraestruturas de Portugal, proprietária do terreno, 18,7 milhões de euros, tendo, em outubro de 2019, submetido um PIP para a construção de um grande armazém comercial, de um hotel e de um edifício de habitação, comércio e serviços. O projeto tem sido alvo de contestação, tendo levado, em setembro de 2019, à criação de uma petição que conta com cerca de 4.810 signatários.
Meses depois, um grupo de cerca de 60 personalidades ligadas à academia e ao património ferroviário pediu a classificação como imóvel de interesse público daquele local, defendendo a importância da preservação da antiga estação ferroviária, em risco se o projeto do El Corte Inglés avançar. Em novembro de 2019, o presidente da Câmara do Porto avisou que a autarquia não tinha meios, nem dinheiro, para travar a concretização do projeto.
Em dezembro, o Público avançava que o PIP tinha sido “travado” pela Metro do Porto que, numa carta enviada ao município, se recusou a dar parecer favorável enquanto não terminassem as negociações tendo em vista a compatibilização da futura linha Rosa e os projetos do grupo espanhol para o terreno da antiga Refer junto à rotunda da Boavista.
No início desse mês, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto revelou que, no âmbito da apreciação do PIP, tinha havido “uma primeira interação negativa” por não cumprimento das cérceas existentes. Questionada pela Lusa, a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) informou, no dia 13 de abril que o pedido se encontrava em tramitação, tendo sido despachado para a Direção-Geral do Património Cultural para decisão.
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