Governo espanhol agrava previsões. Economia vai contrair 11,2%
Para o próximo ano, prevê uma recuperação do PIB de 7,2%, enquanto a taxa de desemprego irá diminuir para 16,9%.
O Governo espanhol piorou em 2,1 pontos percentuais a queda do PIB em 2020, para -11,2%, devido à crise provocada pela Covid-19, segundo o novo quadro macroeconómico aprovado hoje pelo Conselho de Ministros.
Apesar de agravar ainda mais a diminuição da criação de riqueza, Madrid melhora em 1,9 pontos percentuais a taxa de desemprego para o corrente ano, para 17,1%.
Para o próximo ano, prevê uma recuperação para 7,2%, enquanto a taxa de desemprego irá diminuir para 16,9%.
A vice-presidente e Ministra da Economia e da Transformação Digital, Nadia Calvino, alertou durante a conferência de imprensa em que estes números foram apresentados que “o exercício de fazer previsões económicas é especialmente complicado num ambiente como o atual, marcado por uma elevada incerteza”.
“Até 2022 poderemos voltar aos níveis pré-pandémicos”, afirmou Calvino, assegurando que a recuperação económica está em marcha.
Esta maior contração da economia em 2020 fará com que a dívida pública seja três pontos superior ao previsto em julho último, para 118% do PIB no final do ano.
O Governo espanhol também deu luz verde a um novo teto de despesas, avançando com um aumento sem precedentes de mais de 50%, para 196 mil milhões de euros.
Este é o limite máximo previsto por Madrid de despesas não financeiras que podem ser feitas pelos ministérios governamentais.
O número aumentou graças à ajuda da União Europeia, que prevê um nível de apoio de 140 mil milhões nos próximos anos, dos quais Madrid estima que mais de 20 mil milhões vão chegar em 2021.
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