Costa compromete-se com “aumento significativo” do salário mínimo
António Costa não revelou o valor do aumento do salário mínimo previsto para o próximo ano, mas garantiu que será com subida "significativa".
O primeiro-ministro comprometeu-se, esta quarta-feira, com um “aumento significativo” do salário mínimo nacional, “como sinal de confiança em quem trabalha”, em resposta ao líder do PCP que se queixou dos “sinais” dados pelo Governo.
A troca de palavras e ironias entre António Costa e Jerónimo de Sousa aconteceu no debate com o Governo sobre política geral, na Assembleia da República, em que o primeiro-ministro não revelou os valores do aumento, apenas que seria significativo.
Minutos antes, o secretário-geral do PCP queixara-se dos sinais dados nas últimas semanas pelo Executivo, que não são para “deixar descansados” os comunistas, quer “em relação ao salário mínimo nacional quer aos salários e às outras questões, no geral”.
Apesar de este ano não conseguir “manter o ritmo linear de aumento salarial” de anos passados, Costa manteve o objetivo de atingir os 750 euros no final da legislatura, abaixo, portanto, da meta do PCP, que é de 850 euros. Com um sorriso, Costa respondeu em tom brincalhão a Jerónimo ao pedir-lhe: “Oxalá não lhe falte o entusiasmo para cumprir esses seus objetivos”.
Ao que Costa pediu para ficar “tranquilo” porque o “entusiasmo” não lhe falta, prometendo “seguir no passo seguro dos últimos cinco anos, sem recuar, sem ficar a marcar passo, mas sem dar passo maior do que a perna”.
E repetiu uma frase que usava na legislatura anterior, quando havia um acordo ao nível parlamentar à esquerda, através das “posições conjuntas”: “Continuar a caminhar enquanto houver estrada para andar.”
Mais sucinto na resposta foi quanto às queixas do líder comunista relativas às falhas no sistema de saúde, como a falta de médicos de família e atrasos nas consultas. “É brincar com a vida das pessoas. É urgente corrigir”, afirmou.
Antes, Jerónimo de Sousa insistiu em várias das propostas do PCP nas últimas semanas, em que se inclui o aumento do salário mínimo nacional, mas também suspensão dos despedimentos ou ainda o “fim dos cortes” salariais causados pelo lay-off, exigências essas que não tiveram resposta de António Costa.
Em tom mais geral, o chefe do Governo prometeu “trabalhar arduamente” para ter um “bom Orçamento do Estado” que “corresponda até ao limite do que é possível as necessidades do país”.
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