“Bloco de Esquerda quer muito que haja acordo” para o país ter um “bom orçamento”
Catarina Martins, diz que vai "pondo em cima da mesa sempre os mesmos pontos negociais", mas que "o Bloco de Esquerda quer muito que haja um acordo" que permita viabilizar o documento.
O Bloco de Esquerda (BE) não descarta a possibilidade de vir a chegar a um acordo com o Governo com vista a viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano. Catarina Martins diz que “o Bloco de Esquerda quer muito que haja um acordo” que permita viabilizar o documento e que vai “pondo em cima da mesa sempre os mesmos pontos negociais” com vista a conseguir que o país tenha um “bom Orçamento”.
“Não se trata de saber onde é que o Bloco de Esquerda pode ceder“, começou logo por esclarecer a líder dos bloquistas quando confrontada pelos jornalistas – e a um dia de distância de se encontrar com António Costa para uma nova reunião negocial — sobre até que ponto o seu partido está disposto a ceder com vista a permitir que a proposta de Orçamento de Estado passe no Parlamento.
Em declarações transmitidas pela RTP3, Catarina Martins defendeu que a questão é sim “saber se construímos soluções para um Orçamento para o país” e diz que “o Bloco de Esquerda quer muito que haja acordo” e que “o mais importante de tudo é que haja um Orçamento que responda às necessidades do país“.
“É para isso que temos trabalhado todos os dias ao longo de longos meses, com muita seriedade, com muitas propostas e muita cabeça fria”, reforçou Catarina Martins, lembrando que estas têm “sempre o mesmo objetivo” e que vão “pondo em cima da mesa sempre os mesmos pontos negociais”.
A coordenadora do Bloco de Esquerda voltou a salientar que o partido “anunciou as suas prioridades há muito tempo” e neste âmbito lembra nomeadamente a questão da saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou a prevenção da vaga de despedimentos.
“A pandemia não vai acabar daqui a duas semanas e sabemos que há muitos setores da economia que vão ter uma repercussão infelizmente muito longa desta pandemia. Como é que suportamos e acompanhamos as vítimas da crise? Não pode ser com anúncios, tem de ser com medidas concretas”, exemplificou.
“Nestas matérias como em todas — incluindo a boa saúde das contas públicas, o não deixar que a Lone Star vá sempre buscar dinheiro que acaba sempre por ser os contribuintes a pagar — são medidas fundamentais para termos um Orçamento que é capaz de responder num momento muito difícil“, rematou.
O Bloco de Esquerda, que anunciou na semana passada que deverá votar contra o OE 2021 se se mantiver tal como está, irá voltar à mesa das negociações com o Governo esta terça-feira, tal como o PAN e o PCP. Os bloquistas deverão decidir o sentido de voto relativamente ao Orçamento numa reunião da comissão política a 25 de outubro, três dias antes da primeira votação na Assembleia da República da proposta do Governo na generalidade.
(Notícia atualizada às 12h56)
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