Défices da Zona Euro e UE batem recordes com a pandemia. Superam os 11%

  • Lusa
  • 22 Outubro 2020

Atingiram-se valores de défice recordes, em relação ao PIB. E as dívidas também dispararam, tudo por causa da pandemia.

O défice público atingiu recordes de 11,6% na Zona Euro e 11,4% na União Europeia no segundo trimestre, sendo também o maior aumento trimestral da série e que atingiu todos os Estados-membros, dada a pandemia. As dívidas também dispararam.

Segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat, o défice da Zona Euro agravou-se para o valor recorde de 11,6%, face ao de 2,5% dos primeiros três meses do ano e ao de 0,5% do trimestre homólogo.

O Eurostat lembra que o segundo trimestre foi marcado por medidas de confinamento ligadas à Covid-19 em todos os Estados-membros.

Na União Europeia (UE), entre abril e junho, o défice avançou para os 11,4%, também o mais alto desde o início da série cronológica, em 2002, face aos 2,6% do trimestre anterior e aos 0,4% do homólogo.

Segundo o Eurostat, o segundo trimestre de 2020 é não só o de valores de défice recordes, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), mas também o que registou a maior subida trimestral desde o início da série.

Entre abril e junho, destaca ainda o Eurostat, todos os Estados-membros registaram défices orçamentais, com a Polónia a presentar o mais alto (19,8% do PIB) e a Dinamarca o mais baixo (-3,5%).

Face ao trimestre anterior, a Áustria foi o país que apresentou um maior agravamento do défice (16,3 pontos percentuais) e a Roménia o menor (3,2 pontos).

Em Portugal o défice atingiu os 9,2% do PIB, face aos 0,3% do trimestre anterior e aos 0,6% homólogos, uma variação em cadeia de -8,9 pontos.

Dívidas disparam. Chega a 95% do PIB na Zona Euro

A dívida pública aumentou para 95,1% do PIB na Zona Euro e 87,8% na União Europeia (UE) no segundo semestre, subida que o Eurostat justifica com necessidades de financiamento pelo impacto das medidas de combate à Covid-19.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, na zona euro, a dívida pública atingiu os 95,1% do Produto Interno Bruto (PIB), quer na variação em cadeia (86,3% nos primeiros três meses do ano) quer face ao trimestre homólogo (86,2% do PIB).

Na UE a dívida pública agravou-se para os 87,8% do PIB no segundo trimestre, face aos 79,4% do primeiro e aos 79,7% do homólogo.

Os rácios mais elevados da dívida pública em relação ao PIB registaram-se na Grécia (187,4%), Itália (149,4%), Portugal (126,1%), Bélgica (115,3%), França (114,1%), Chipre (113,2%) e Espanha (110,1%) e os mais baixos na Estónia (18,5%), Bulgária (21,3%) e Luxemburgo (23,8%).

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