Galp afunda 5% para mínimos de 11 anos após revelar prejuízos

Petrolífera nacional apresentou esta manhã prejuízos de 45 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano e foi castigada na bolsa: ações tombaram quase 5% para o valor mais baixo desde 2009.

A Galp afundou quase 5% na bolsa, depois de ter apresentado prejuízos de 45 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. As ações da petrolífera caíram para mínimos de mais de 11 anos.

Com uma queda de 4,89% para 7,74 euros, o valor mais baixo desde janeiro de 2009, a companhia petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva protagonizou um dos piores desempenhos em Lisboa. O PSI-20, o principal índice português, cedeu 2,12% para 4.051,69 pontos.

Além dos prejuízos de 45 milhões até setembro, que comparam com os lucros de 403 milhões no período homólogo, a Galp anunciou a venda de 75% da empresa de distribuição de gás natural à gestora de ativos Allianz Global Investors, por 368 milhões. O negócio, ainda a aguardar a autorização dos reguladores, avalia a Galp Gás Natural Distribuição em cerca de 1,2 mil milhões.

Em conference call, Carlos Gomes da Silva disse que a companhia vai manter as “perspetivas cautelosas para os próximos meses”, destacando a refinação como uma área particularmente desafiante. “Manteremos o foco na otimização dos negócios e na eficiência operacional. Na arena da refinação e de midstream, são tempos realmente difíceis, especialmente para a refinação”, disse o CEO da Galp, citado pela Reuters.

Galp Energia tomba 5%

A Galp não foi a única cotada sob alta pressão esta segunda-feira em Lisboa. Apenas a Jerónimo Martins escapou à maré vermelha, ao somar 0,31% para 14,485 euros, enquanto a Sonae Capital fechou sem qualquer variação nos 0,77 euros.

A maior queda pertenceu à Altri, com a papeleira a ceder 4,94% para 3,38 euros. Também a Novabase (-4,24%) e a Nos (-4,13%) encerraram o dia a perder mais de 4%, intensificando as perdas na praça portuguesa.

Entre os pesos pesados, o BCP, que presta contas ao mercado esta quinta-feira, caiu quase 3% para 7,52 cêntimos. Os analistas do Caixabank/BPI apontam para uma queda do lucro na ordem dos 40% no terceiro trimestre. EDP e EDP Renováveis cederam mais de 1%.

Lisboa acompanhou as quedas que se verificaram um pouco por toda a Europa após Itália e Espanha terem imposto novas restrições para controlar a segunda vaga da pandemia.

O alemão DAX-30 tombou mais de 3% para mínimos de quatro meses. O Stoxx 600, que reúne as 600 principais companhias europeias, cede 1,81%. Os principais índices em França e Espanha recuaram 1,90% e 1,23%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 17h10)

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