Confiança dos americanos na economia regista melhor valor desde 2007
Desde o verão quente (e negativo) de 2007 que os americanos não estavam tão confiantes na evolução da economia. Clinton pode beneficiar deste recorde uma vez que Trump ataca o estado da economia.
O otimismo na economia norte-americana em setembro registou os mesmos valores do período pré-crise de 2007. O valor situou-se nos 104,1 este mês, em comparação com os 101,8 registados em agosto. Os valores foram divulgados esta terça-feira pelo Conference Board, uma entidade privada que mede o indicador.
A pouco mais de um mês das eleições presidenciais, os números do mercado laboral têm ajudado a prever um futuro positivo para a economia norte-americana, apesar da Reserva Federal não ter aumentado as taxas de juro. A taxa de desemprego é inferior a 5% pelo que a maior parte dos americanos que perderam o emprego em 2008.
"A avaliação que os consumidores fazem das condições atuais [da economia] melhorou, principalmente por causa de uma visão mais positiva do mercado de trabalho”
“Olhando para o futuro, os consumidores estão mais confiantes nas perspetivas de emprego a curto prazo, mas neutros em relações às condições de negócios e de aumentos de salários”, explicou a diretora do departamento de indicadores económicos da Conference Board, Lynn Franco.
Foi no verão de 2007 que o indicador começou a descer, continuando a queda em pique com o bancarrota do Lehman Brothers em 2008 a ajudar. No início de 2009 foi atingido o valor mais baixo – perto dos 20 pontos – e, a partir daí, a trajetória de recuperação demorou sete anos até chegar aos níveis pré-crise.
Este número pode ser particularmente positivo para Hillary Clinton, que pode usá-lo como argumento contra o ataque de Donald Trump às políticas de Barack Obama sobre a economia.
Também em níveis recorde desde agosto de 2007 está o indicador da situação económica atual. O valor aumentou até aos 128,5 pontos em setembro, superior aos 125,3 registados no mês passado.
No entanto, as expectativas futuras não são tão boas. O valor desse indicador estão inferiores às registadas antes da recessão, pelo que os americanos ainda estão reticentes quanto à evolução da economia nos próximos seis meses.
Editado por Mónica Silvares
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