Número de desempregados dá salto histórico de 45,1% no terceiro trimestre

A população desempregada aumentou 45,1% entre julho e setembro face ao trimestre anterior. São mais 125,7 mil pessoas à procura de trabalho. A taxa de desemprego subiu para 7,8%.

O número de desempregados disparou 45,1%, entre julho e setembro, face ao segundo trimestre do ano. É o maior salto desde, pelo menos, 2011 e corresponde a mais 125,7 mil pessoas à procura de emprego. De acordo com os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística, no terceiro trimestre de 2020, a taxa de desemprego atingiu os 7,8%.

“A taxa de desemprego foi estimada em 7,8%, valor superior em 2,2 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e em 1,7 p.p. ao do trimestre homólogo de 2019. A população desempregada, estimada em 404,1 mil pessoas, aumentou 45,1% (125,7 mil) em relação ao trimestre anterior, o que corresponde à taxa de variação trimestral mais elevada da série iniciada em 2011, e 24,9% (80,7 mil) relativamente ao terceiro trimestre de 2019″, é detalhado, na nota estatística publicada esta manhã.

Também a subutilização do trabalho aumentou, tendo passado a abranger 813,7 mil portugueses, mais 8,7% do que no trimestre anterior e mais 21,9% em termos homólogos. “O aumento da subutilização do trabalho foi explicado maioritariamente pelo aumento do desemprego”, afirma o INE.

De notar que este indicador abrange não só população desempregada, mas também o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego.

A propósito, no terceiro trimestre de 2020 — período marcado pelo desconfinamento do país e pela facilitação da procura ativa de trabalho –, a população inativa caiu 4,8% em cadeia. Ainda assim, em termos homólogos, registou-se um aumento de 3%.

“A transição da inatividade para o desemprego refletiu o alívio das condicionantes à mobilidade e contacto social existentes no segundo trimestre que decorreram da pandemia, permitindo uma maior facilidade na procura ativa de emprego e disponibilidade para começar a trabalhar, critérios cujo cumprimento é necessário para a classificação enquanto desempregado”, esclarece o INE.

Quanto à população empregada, foi registado um aumento 1,5% por comparação com o trimestre anterior. Face ao mesmo período de 2019, verificou-se um recuo de 3%.

(Notícia atualizada às 11h25)

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