Portugal captou 23 novos projetos de IDE este ano e interrompe desempenho recorde

Há dois anos que a Aicep batia consecutivamente novos recordes na contração de novos investimentos. Mas a pandemia travou esta realidade. Em 2020 só foram captados 23 novos projetos.

Portugal foi ganhando a preferência dos investidores internacionais ao longo da última década. O número de investimentos contratualizados pela Aicep não parou de crescer nos últimos dois anos, mas a pandemia veio travar esse desempenho. Os 1.172 milhões de euros em projetos captados o ano passado, um recorde absoluto, tal como no ano anterior (1.159 milhões), comparam com 23 projetos contratados este ano, revelou esta quinta-feira o presidente da Aicep.

A “situação é adversa”, reconhece Luís Castro Henriques, explicando que até 1 de março estava tudo a correr bem, “mas, a partir daí tudo mudou”. No entanto, numa nota de otimismo o responsável defende que a expectativa é de que “continuará a correr bem assim que a pandemia acabar”.

A Aicep teve de adaptar a sua forma de atuar aos novos tempos. As campanhas passaram a ser feitas de outra forma, com maior aposta nas redes sociais, digitalizaram ainda mais a sua relação com os clientes, a operação de captação de investimento passou a ser remota, houve uma maior aposta no comércio eletrónico e para ajudar neste capítulo foi lançado o acelerador das exportações online.

Dos 23 projetos captados este ano, Luís Castro Henriques sublinha que 21 foram feitos por novos clientes e dois por investidores já presentes em Portugal mas que trouxeram atividades diferente. Estes investimentos contratados comprometem-se a criar 1.900 postos de trabalho. O ano passado, os investimentos contratados traduziram-se na criação de 7.245 postos de trabalho. Em causa estão investimentos dos habituais parceiros como Alemanha, França e Espanha, mas também de países como a Dinamarca, Estados Unidos e Brasil.

“O país tem fatores competitivos que os investidores valorizam e que é necessário capitalizar ao máximo”, sublinha o presidente da Aicep.

Neste contexto de pandemia a agência segue um painel de 250 empresas exportadoras para saber o que está a acontecer em tempo real e procedeu este ano ao pagamento de 140 milhões de euros em incentivos às empresas, um valor que compara com os 250 milhões pagos o ano passado.

(Artigo corrigido às 20h50)

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