Produção industrial da China cresce 6,9% em outubro
"A economia continua em processo de recuperação, mas que a plena recuperação ainda enfrenta muitos desafios", devido ao impacto da pandemia, diz o Gabinete de Estatísticas chinês.
A produção industrial da China cresceu 6,9%, em outubro, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, e pelo sétimo mês consecutivo de crescimento, anunciou o Gabinete de Estatísticas (GNE) chinês.
O número superou, mais uma vez, as previsões dos analistas, que projetavam uma subida de 6,5% para este mês.
O indicador registou uma queda homóloga de 13,5%, nos primeiros dois meses de 2020, enquanto em março caiu 1,1%, face às restritas medidas de controlo e prevenção da pandemia da Covid-19.
Em abril, depois de o Partido Comunista Chinês declarar vitória sobre a doença, a produção industrial da China cresceu 3,9%, e, a partir daí, tem vindo a subir progressivamente.
Entre as três principais categorias em que o GNE divide o indicador, destaca-se o crescimento da indústria de transformação, que cresceu 7,5%, em relação a outubro de 2019.
Os setores de produção e abastecimento de eletricidade, aquecimento, gás e água aumentaram 4%, e o setor da mineração 3,5%.
A instituição também comparou os dados de 41 subsetores industriais, entre os quais 34 registaram aumento de atividade, em outubro passado, face ao mesmo mês de 2019.
Entre os aumentos de produção, destacam-se veículos elétricos (94,1%), equipamento para geração de energia (86%) e máquinas industriais (38,5%).
O GNE também divulgou os dados das vendas a retalho, um dado importante para medir a procura pelo consumidor chinês e um dos pilares da mudança para um modelo económico baseado no consumo, em detrimento das exportações e do investimento público.
Esta secção registou o terceiro mês consecutivo de crescimento homólogo este ano, de 4,3%, mas ainda longe dos valores de 2019, que oscilavam entre 7% e 8%, até que a pandemia do novo coronavírus provocou uma queda de 20,5%, nos primeiros dois meses de 2020.
A taxa de desemprego urbano, outro dos indicadores agora divulgados, caiu ligeiramente para 5,3%, com média de 46,7 horas semanais de trabalho, acrescentou.
O mesmo organismo garantiu que “a produção está estável e a crescer, a procura recuperou e estabilizou, o emprego continuou a melhorar, os preços permaneceram estáveis e as expectativas do mercado estão a melhorar”.
No entanto, destacou que “a economia continua em processo de recuperação, mas que a plena recuperação ainda enfrenta muitos desafios”, devido ao impacto da pandemia nos parceiros comerciais internacionais.
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