Metro de Lisboa tem “luz verde” para comprar 42 carruagens e sistema de sinalização
Em causa está um contrato para instalar um novo sistema de sinalização e adquirir 14 novas unidades triplas (42 carruagens) ao Agrupamento Stadler Rail Valencia/Siemens, por 114,5 milhões de euros.
O Metropolitano de Lisboa foi notificado pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa da desistência relativamente às ações judiciais interpostas pelo consórcio Thales/CRRC Tangshan relativamente ao contrato de aquisição de 42 novas carruagens e sistema de sinalização. Neste contexto, o Metro vai dar “de imediato” seguimento ao contrato.
Em causa está um contrato celebrado pelo Metropolitano de Lisboa, a 8 de fevereiro, para instalar um novo sistema de sinalização ferroviária e adquirir 14 novas unidades triplas (42 carruagens) ao Agrupamento Stadler Rail Valencia/Siemens, por 114,5 milhões de euros. Em comunicado, a entidade informa esta quinta-feira que dará, assim, “imediato sequência ao contrato”, fazendo” a sua submissão a visto prévio do Tribunal de Contas”.
O fornecimento das novas carruagens terá “entregas faseadas”, sendo que o plano de trabalhos da proposta prevê que a primeira unidade tripla (três carruagens) seja entregue no segundo semestre de 2022 e que a última fique disponível no final de 2023.
A assinatura deste contrato resultou de um concurso público internacional lançado em setembro de 2018. A adjudicação ocorreu a 24 de janeiro deste ano. Contudo, poucos dias depois, a 12 de fevereiro, o metro da capital foi notificado da interposição, pelo concorrente Thales/CRRC Tangshan, de uma ação de impugnação da adjudicação ao consórcio formado Siemens/Stadler.
Na altura, o Metro de Lisboa contestou a ação, por considerar que os processos movidos “não tinham qualquer fundamento” e que “não se verificava qualquer ilegalidade no concurso em causa”, explica a empresa. Segundo o Metropolitano de Lisboa, a aquisição de carruagens visa “melhorar a oferta de comboios e serviço do ML”, por forma a permitir “mais conforto e acessibilidade” aos utilizadores.
Além disso, a “aposta nos novos sistemas CBTC”, substituindo o sistema da década de 70, que segundo a empresa é “obsoleto”, vai “permitir um controlo contínuo do movimento dos comboios e um aumento da frequência e da regularidade do serviço público de transporte prestado pelo ML”, conclui o metro da capital.
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