Helena Castro, da ebankIT: “O grande desafio é manter a nossa identidade”
A fintech portuguesa ebankIT está a crescer e prepara-se para a internacionalização. Helena Castro, diretora de recursos humanos, garante que o maior desafio é manter a identidade da organização.
Do zero. Helena Castro integrou a ebankIT em janeiro de 2018, para formar de raiz o departamento de recursos humanos. Numa empresa do setor das tecnologias de informação em franco crescimento e preparada para o mercado internacional, o maior desafio do presente e do futuro é garantir o envolvimento de todos os trabalhadores e a cultura da organização. “Quando falamos de crescimentos exponenciais e em curto espaço de tempo, o grande desafio é manter aquilo que é diferencial em nós: a nossa cultura, a nossa identidade, o nosso sentido de pertença e de equipa“, começa por contar à Pessoas Helena Castro, diretora de recursos humanos da ebankIT.
Apaixonada por matemática e ciências sociais, foi nos recursos humanos que encontrou a combinação perfeita e, na Adecco, em 2007, que teve o primeiro contacto com a área das TI, pela qual desenvolveu uma “afinidade” particular. “É uma área desafiante, que acaba por nos fazer procurar. Muitas das novas tendências acontecem primeiro na área das tecnologias da informação”, explica a responsável. Helena Castro passou ainda pela New Boston Select – que, mais tarde, deu origem à Randstad Technologies -, e, em 2015, trouxe para Portugal a QiBit, empresa especializada em recrutamento no setor de IT.
É natural que quando as pessoas se sentem bem, que fazem parte, o nível de produtividade é diferente. Para mim, é a única forma de coordenar pessoas.
Depois de uma década ligada à consultoria de recursos humanos, sentiu vontade de abraçar um projeto pessoal quando surgiu o convite para formar o departamento de recursos humanos da ebankIT, na altura com 40 trabalhadores. Quase dois anos depois, Helena Castro tem a seu cargo os 90 pessoas, mas rejeita a designação de “gestora”. Prefere que a tratem por “coordenadora” e garante que o maior desafio é manter a identidade de uma empresa com “uma cultura muito própria”. “Temos o slogan ‘somos todos enbankIT’. Para mim é muito importante que as pessoas sintam que são parte dessa identidade, que tenham voz ativa dentro desta empresa e acho que temos conseguido mantê-la até agora. Somos uma software house, odiaria que nos tornássemos uma software factory“, realça.
A pandemia não teve um grande impacto para o negócio e, no confinamento, rapidamente adotaram o trabalho remoto. Para garantir o envolvimento dos trabalhadores e o onboarding dos recém-chegados, foram criadas dinâmicas à distância, através de encontros semanais por videochamada, workshops temáticos, team buildings, aulas de ioga e ginástica e até formação de inglês. “É natural que quando as pessoas se sentem bem, que fazem parte, o nível de produtividade é diferente. Para mim, é a única forma de coordenar pessoas”, refere.
Helena Castro conta ainda que a pandemia facilitou a contratação de profissionais e que, até ao final deste ano, conseguirá assegurar o objetivo anual de 15 novos colaboradores. Apesar de ser uma área onde a oferta não escasseia, a atração de talento na ebankIT faz-se através do “passa a palavra” e da referenciação de ex-trabalhadores, conta a responsável. “O mercado das tecnologias da informação, para o bem e para o mal, é um mercado muito pequeno, toda a gente se conhece. Para mim é importante que independentemente de as pessoas estarem connosco a trabalhar, a imagem que transmitam da ebankIT para o mercado seja a melhor possível”, sublinha.
No horizonte, Helena Castro vê o crescimento exponencial da empresa no mercado nacional e internacional e, por consequência, do departamento de recursos humanos. “Do ponto de vista macro, gostaríamos que tudo aquilo que temos planeado fosse concretizado, porque significaria que estaríamos exatamente no lugar em que queremos estar, sem planos B”, remata.
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