Sonae Capital sai da bolsa após OPA da família Azevedo

  • Lusa
  • 20 Novembro 2020

A perda de sociedade aberta e consequente saída de bolsa dá-se na sequência da OPA. A Sonae Capital já tinha saído do principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI20, no final de outubro.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou a saída de bolsa da Sonae Capital, na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Efanor, foi divulgado esta sexta-feira pelo regulador.

A CMVM informou esta sexta-feira que “em reunião do seu Conselho de Administração, realizada em 20 de Novembro de 2020, foi deliberado deferir, com efeitos a esta data, o pedido de perda da qualidade de sociedade aberta da Sonae Capital, SGPS, S.A. (Sonae Capital), requerido pela Efanor Investimentos, SGPS, S.A. (Efanor)”, pode ler-se no comunicado divulgado esta sexta-feira pelo regulador.

A presente publicação da decisão da CMVM sobre a perda de qualidade de sociedade aberta da Sonae Capital implica a imediata exclusão da negociação em mercado regulamentado das ações da sociedade e dos valores mobiliários que dão direito à sua subscrição ou aquisição, ficando vedada a sua readmissão pelo prazo de um ano”, refere o comunicado da CMVM.

A Sonae Capital já tinha saído do principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI20, no final de outubro. A perda de sociedade aberta e consequente saída de bolsa dá-se “na sequência da oferta pública de aquisição voluntária” lançada pela Efanor, “por efeito da qual lhe passaram a ser imputáveis mais de 90 (noventa) por cento dos direitos de voto da Sonae Capital, conforme resultados da oferta divulgado ao mercado no dia 28 de outubro de 2020”.

A Efanor obrigou-se a adquirir as ações detidas pelos restantes acionistas da Sonae Capital, pelo prazo não inferior a 3 (três) meses a contar da presente publicação e ao preço unitário de 0,77 euros (setenta e sete cêntimos) por ação”, pode ainda ler-se no comunicado hoje divulgado pelo regulador do mercado. O valor em causa para a aquisição das restantes ações “corresponde à contrapartida oferecida na oferta pública de aquisição”.

Em 31 de julho, a Efanor, a maior acionista do grupo Sonae, lançou uma “oferta pública geral e voluntária de aquisição de ações representativas do capital social” da Sonae Indústria e Sonae Capital, segundo dois comunicados enviados, na altura, à CMVM. Entre 11 e 12 de novembro, a empresa já tinha comprado quase 100 mil ações da Sonae Capital.

Em 28 de outubro, a Efanor anunciou que tinha comprado mais 62 milhões de ações da Sonae Capital, no âmbito da oferta pública geral e voluntária de aquisição de ações, passando a deter 92,3% do capital social da empresa. De acordo com a informação remetida à CMVM, a Efanor adquiriu 62.364.172 ações, abaixo dos 81.608.638 títulos objetos da oferta.

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