Entrar no mercado de trabalho em recessão penaliza salário durante dez anos
Estudos demonstram que aqueles que encontram primeiro emprego durante período de recessão têm rendimentos penalizados durante mais de uma década.
Quem entra no mercado de trabalho com a economia numa situação de recessão arrisca-se ter salários mais baixos durante muito tempo. Anteriores crises mostram que a perda salários demora entre dez a 15 anos a ser corrigida e quem está agora à procura do primeiro emprego arrisca-se a suportar a mesma consequência nos próximos anos por causa da crise da pandemia, segundo avança o Público (acesso condicionado).
Estudos realizados tanto a nível internacional, como especificamente para Portugal, revelam que aqueles que procuram o primeiro trabalho no pico da crise encontram “grandes efeitos iniciais nos rendimentos, na oferta de trabalho e nos salários que tendem a dissipar-se dez a 15 anos mais tarde, de acordo com o economista da Universidade da Califórnia, Till von Wachter.
Em Portugal, Pedro Martins, que foi secretário de Estado do Trabalho entre 2011 e 2013, concluiu em 2010 que os salários de entrada no mercado de trabalho foram 1,8% superiores quando a taxa de desemprego era 1% mais baixa. O economista realizou o estudo em conjunto com Gary Solon e Jonathan Thomas, com base em dados referentes ao período de 1982 a 2007.
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