Sentimento económico e expectativas de emprego afundam na zona euro em novembro
O declínio no indicador de sentimento económico foi “alimentado pela [perda de] confiança no comércio a retalho, nos serviços e entre os consumidores”.
O indicador de sentimento económico caiu acentuadamente na zona euro e União Europeia (UE) em novembro, após recuperação parcial, enquanto as expectativas de emprego afundaram pelo segundo mês consecutivo, devido à pandemia de Covid-19, divulgou esta sexta-feira Bruxelas.
Segundo as estimativas da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia, o indicador de sentimento económico “caiu acentuadamente” em 3,5 pontos para 87,6 na zona euro e em 3,6 pontos para 86,6 na UE em novembro.
“Após a recuperação parcial do indicador entre maio e setembro e da ampla retoma em outubro, esta é a primeira queda após uma outra acentuada na primeira vaga de Covid-19”, explica aquele departamento do executivo comunitário.
Por seu lado, no que toca ao indicador de expectativas de emprego, registou o “segundo declínio mensal consecutivo”, ao descer 3,3 pontos em ambas as regiões, para 86,6 na zona euro e 87,2 na UE.
Nestas estimativas, que têm por base inquéritos às empresas e aos consumidores, a DG ECFIN explica que o declínio no indicador de sentimento económico foi “alimentado pela [perda de] confiança no comércio a retalho, nos serviços e entre os consumidores”, enquanto a confiança “na indústria e na construção resistiu, apresentando deteriorações comparativamente suaves”.
Entre as maiores economias da zona euro, o indicador afundou mais em Itália (-8,7) e França (-4,8), sendo que as perdas foram mais contidas na Alemanha (-2,8) e Espanha (-2,0).
Relativamente ao indicador de expectativas de emprego, a segunda queda mensal consecutiva “reflete as expectativas de emprego em larga escala no comércio a retalho, bem como as moderadamente mais baixas nos serviços e na construção”, justifica ainda a DG ECFIN.
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