Santos Ferreira: “Nunca me encontrei com Sócrates antes de entrar para a CGD”
Carlos Santos Ferreira junta-se a Teixeira dos Santos e a Vítor Martins. O ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos nega ter sentido pressão por parte de José Sócrates.
Carlos Santos Ferreira diz nunca se ter encontrado com José Sócrates antes de ser convidado para presidir a Caixa Geral de Depósitos (CGD). O antigo presidente do banco do Estado junta-se assim a Teixeira dos Santos e a Vítor Martins, que também negaram qualquer pressão exercida pelo então primeiro-ministro. Uma pressão mencionada por Luís Campos e Cunha quando foi à comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa.
"Nunca falei com o primeiro-ministro antes de ser convidado por Teixeira dos Santos”
Questionado pelo PSD se alguma vez tinha sentido pressão por parte de José Sócrates, Carlos Santos Ferreira respondeu sem hesitar: “não”. O presidente da Caixa entre 2005 e 2007, nega ter-se encontrado com o então primeiro-ministro antes de ser convidado para presidir o conselho de administração do banco. “Nunca falei com o primeiro-ministro antes de ser convidado por Teixeira dos Santos”, diz o antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos na comissão parlamentar de inquérito à gestão do banco do Estado.
Mas porquê o convite? “Na minha escola não se pergunta aos acionistas as razões para as suas ações.” Santos Ferreira diz que apenas questionou Teixeira dos Santos sobre o que é que era esperado do novo presidente da Caixa. “O que o ministro das Finanças disse é que queria que a Caixa incentivasse o crédito às empresas, apoiasse a internacionalização das empresas portuguesas e que isto fosse feito com eficiência“, explica aos deputados. Mas, acrescenta, “nunca senti pressão, nunca o senhor ministro das Finanças me transmitiu qualquer caso de crédito que devesse ser concedido”.
O nome de Carlos Santos Ferreira é um dos que Luís Campos e Cunha diz terem sido sugeridos por José Sócrates. Em conjunto com o de Armando Vara para o cargo de vice-presidente. Uma pressão negada por Teixeira dos Santos, Vítor Martins e pelo próprio antigo primeiro-ministro.
“Também não falei com Campos e Cunha” sobre o banco público, sublinha Santos Ferreira, dizendo ter recebido apenas um telefonema do antecessor de Teixeira dos Santos quando se encontrava no estrangeiro, durante o qual não houve “uma única referência à CGD”.
(Atualizado às 21h com mais declarações de Carlos Santos Ferreira)
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