Portela+Montijo é a “solução mais atrativa” e é “viável até 2050”
O estudo que a ANAC entregou ao Governo conclui que a solução do Montijo para expandir o aeroporto é a mais barata, sendo viável até 2050.
O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas já tem o estudo da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) que conclui que a Base Aérea do Montijo é “solução mais atrativa” para a expansão do aeroporto da Portela. A notícia é avançada pelo Observador, que teve acesso ao estudo realizado pela consultora Roland Berger para a ANAC.
O estudo conclui que “é necessário avançar no imediato para o aprofundamento da solução mais atrativa, Portela + Montijo, e garantir o alinhamento dos principais stakeholders”. Ao que o Observador apurou, esta informação ainda não foi transmitida ao grupo trabalho que elaborou o relatório sobre a utilização mista (civil e militar) da Base do Montijo. Seja como for, os dois ministérios — o da Defesa e o do Planeamento e Infraestruturas — estarão “articuladíssimos”.
O estudo da Roland Berger analisa três hipóteses:
- A Portela manter-se como a única infraestrutura, fazendo-se uma otimização da sua capacidade;
- A construção de um novo aeroporto em Alcochete;
- Ou a requalificação da Base Aérea do Montijo enquanto aeroporto complementar da Portela.
A consultora conclui que a solução do Montijo seria a mais barata, “sendo viável pelo menos até 2050”. A extensão da Portela para o Montijo “deverá permitir acomodar o crescimento do tráfego previsto pelo menos até 2050”, com um fluxo de passageiros de 50 milhões de pessoas por ano, desde que as lowcost sejam transferidas de forma eficaz para o Montijo.
Há, ainda assim, dois constrangimentos nesta solução: os impactos ambientais, por um lado, que ainda não foram avaliados. E, por outro, a Força Aérea, que continuará a utilizar a Base Aérea do Montijo, visto que sair dela teria um custo demasiado elevado.
Seja como for, as outras duas hipóteses são menos viáveis. A solução Portela otimizada “não se afigura sustentável e acarreta riscos acrescidos no médio prazo”. Já a construção de um novo aeroporto demoraria demasiado tempo e não seria capaz de “responder aos constrangimentos até 2024”.
Fica assim justificada a afirmação de Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, que disse, na semana passada, que o anúncio da decisão de utilizar o Montijo está para breve.
“A minha expectativa, uma vez que temos os trabalhos técnicos muito avançados, é que nas próximas semanas possamos dizer ao país de forma clara quais vão ser os próximos passos e opções. Temos o trabalho adiantado, temos as condições que não tínhamos há um ano para tomar decisões”, disse o ministro.
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