Portugal começa a receber vacinas em janeiro e idosos serão prioridade, revela Marques Mendes
As primeiras vacinas contra a Covid-19 deverão chegar a Portugal em janeiro, numa encomenda total de 22 milhões de doses. Serão gratuitas e geridas pelo SNS, revelou Marques Mendes na SIC.
Luís Marques Mendes garante que os idosos estão no topo das prioridades do plano nacional de vacinação contra a Covid-19 que está a ser preparado pelo Governo, seguindo-se os residentes em lares, profissionais dos lares, profissionais do setor da saúde, forças de segurança e agentes de proteção civil.
Segundo avançou o comentador à SIC, citando um “conjunto alargado de pessoas e entidades”, o regulador europeu do medicamento está já a avaliar três vacinas experimentais e Portugal receberá 22 milhões de doses de vacinas já a partir de janeiro.
Serão, segundo Luís Marques Mendes, 4,5 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, 6,9 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford, 4,5 milhões da vacina da Johnson&Johnson, 1,9 milhões da vacina da Moderna e 4 milhões da vacina da CureVac.
“Haverá vacinas para todos os portugueses”, administradas, numa primeira fase, exclusivamente nos centros de saúde e armazenadas e geridas centralmente pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Quando começarem a ser distribuídas, chegarão a Portugal ao mesmo tempo do que qualquer outro país da União Europeia”, assegurou Luís Marques Mendes, fazendo eco do que tem sido repetido pelos responsáveis políticos nacionais e europeus.
Diferem no preço, nas formas de armazenamento e na toma. As vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca necessitam de duas doses, tomadas entre períodos de 21 a 28 dias (três a quatro semanas), enquanto a da Johnson&Johnson “será tomada, em princípio, numa só dose”.
Vacinação será “universal e gratuita”
“A vacinação é ou não gratuita? A vacinação é gratuita. Diria que universal e gratuita. Não é obrigatória, como se sabe, mas haverá uma forte campanha de sensibilização”, acrescentou ainda o comentador no espaço habitual na antena da SIC.
Luís Marques Mendes garantiu ainda que a vacina da Pfizer será “a primeira a chegar a Portugal”, num “fornecimento gradual entre janeiro e setembro de 2021”, enquanto a da Moderna chegará a Portugal “entre fevereiro e o fim de 2021”. “Relativamente às demais, ainda não há calendário definido”, sublinhou.
O comentador explicou ainda que “há quem admita, numa forma simbólica, vir uma pequena fatia já no mês de dezembro”, mas apontou que “o melhor é não criar falsas expectativas”.
Segundo Marques Mendes, “não haverá nesta fase vacinas nas farmácias”. Depois da administração nos centros de saúde, poderá, no entanto, haver pontos de vacinação “em pavilhões de campanha”, seguindo “o modelo alemão”.
Quanto ao armazenamento das vacinas, haverá um “armazenamento central único” em localização que não será revelada “por razões de segurança”, mas também armazenamentos regionais nas administrações regionais de saúde e nos Açores e Madeira, bem como armazenamentos em agrupamentos de saúde, disse. A operação, revelou o comentador, está a ser coordenada pelo almirante Gouveia Melo.
Por fim, Marques Mendes assegurou que mesmo que uma vacina não tenha sido testada em pessoas acima de 75 anos, “não quer dizer que a vacina não seja eficaz para pessoas com 70, 80, 90, 100 anos”, disse, citando “especialistas”, mas sem revelar quais. “É uma boa notícia para os idosos”, afirmou.
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