Bolsas norte-americanas recuam penalizadas pelos dados do emprego

Depois dos recordes, as bolsas norte-americanas recuam, com os investidores dececionados com os dados da criação de emprego no setor privado.

Depois dos recordes, as bolsas norte-americanas recuam, com os investidores de olhos postos no relatório sobre a criação mensal de empregos no setor privado. Além disso, a marcar o dia nos mercados está ainda o adensar de tensões entre os Estados Unidos e a China, depois de Joe Biden ter referido que não vai remover de imediato as tarifas às importações chinesas.

Em novembro, foram criados 307.000 empregos no setor privado nos EUA, revela o relatório Nacional do Emprego da Administração de Donald Trump, divulgado esta quarta-feira. Estes dados ficam, contudo, aquém do que era esperado. Economistas ouvidos pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), esperavam que fossem criados mais 410.000 empregos neste período. Assim, estes dados dão força à tese de que o aumento de novas infeções e as restrições aos negócios estão a penalizar fortemente o mercado de trabalho.

Por outro lado, a penalizar os mercados do outro lado do Atlântico está o facto de o ambiente de tensões entre os EUA e a China ter reavivado. Em entrevista a Thomas Friedman, colunista do New York Times, Joe Biden disse que não vai cancelar imediatamente o acordo comercial de Fase 1 que o Presidente Donald Trump fechou com a China, nem tomará medidas para remover as tarifas sobre as exportações chinesas. “Não vou tomar qualquer decisão imediata e o mesmo aplica-se às tarifas. Não vou prejudicar as minhas opções”, garantiu o democrata.

Neste contexto, o índice de referência S&P 500 desvaloriza 0,35% para 3.649,70 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recua 0,61% para 29.640,91 pontos e o tecnológico Nasdaq cede 0,58% para 12.284,06 pontos.

A marcar o dia está ainda ainda a notícia de que a vacina que está a ser desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech recebeu luz verde do regulador britânico para o uso da vacina no país. O Reino Unido torna-se, assim, o primeiro país a nível mundial a fazê-lo. Deste modo, as ações da Pfizer avançam 3,67% para os 33,90 euros.

Esta quarta-feira a Salesforce anunciou que comprar o Slack por 27,7 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros). Na proposta da empresa, os investidores do Slack receberiam 26,79 mil milhões em dinheiro e 0,0776 em ações da Salesforce por cada uma das suas ações, o que se traduz num prémio de cerca de 55%. A concretizar-se seria o maior negócio na indústria de software em nuvem, posicionando-se à frente da compra do LinkedIn pela Microsoft há quatro anos atrás. Apesar desta notícia, os títulos da Salesforce recuam 9,78% para os 218,71 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Bolsas norte-americanas recuam penalizadas pelos dados do emprego

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião