Preocupações com vacina da Pfizer rouba brilho às bolsas norte-americanas
Neste sessão de Wall Street, um dos destaques foi a subida de 5,56% da Boeing, após a Ryanair ter anunciado esta quinta-feira uma encomenda à fabricante de aviões de 75 aparelhos 737 Max.
As bolsas norte-americanas terminaram a sessão mistas com os investidores de olhos postos na notícia de que a Pfizer poderá adiar a distribuição da vacina este ano devido a problemas nas cadeias de distribuição. Além disso, os dados do desemprego pesaram em Wall Street. Nesta sessão uma das estrelas foi a Boeing que subiu 5,56%, depois de a Ryanair ter anunciado esta quinta-feira uma encomenda à fabricante de aviões de 75 aparelhos 737 Max, num negócio avaliado em nove mil milhões de dólares.
Neste contexto, o industrial Dow Jones ganhou 0,16% para os 29.9311,0 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 0,09% para 12.360,83 pontos. Em contrapartida, o índice de referência S&P 500 cedeu 0,16% para 3.663,03 pontos. Estes resultados estão a ser conduzidos pelos desenvolvimentos na vacina da Pfizer. A farmacêutica deverá enviar este ano apenas metade das doses que esperava distribuir inicialmente. Além disso, os investidores estão ainda de olhos postos nos dados relativos à subida do desemprego, bem como nos dados dos serviços.
Dados provisórios divulgados esta quinta-feira pelo Labor Department indicam que os pedidos de subsídio de desemprego ajustados à sazonalidade decresceram para 712 mil na última semana de novembro. A projeção dos economistas consultados pela Reuters era de 775 mil. Ao mesmo tempo, as estatísticas do setor dos serviços revelaram que, em novembro, o setor desacelerou para um mínimo de seis meses. “Não creio que estes números voltem ao normal até que uma vacina seja aprovada”, disse Sal Bruno, diretor de investimentos do IndexIQ, citado pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).
Entre as ações, destaque para a Boeing que avançou 5,56% para os 236,29 dólares, depois de a Ryanair ter anunciado a uma encomenda à Boeing de 75 aparelhos 737 Max, a mais importante desde que este modelo de avião foi proibido de voar há 20 meses. O negócio está avaliado em nove mil milhões de dólares, podendo por isso ser a “tábua de salvação” da empresa. A companhia aérea britânica, indicou, em comunicado, que espera receber as primeiras entregas na primavera do próximo ano, decorrendo as restantes até dezembro de 2024.
Além disso, o otimismo que parou durante grande parte desta sessão em torno das vacinas refletiu-se sobretudo nas empresas ligados ao turismo, que foram das mais afetadas pela pandemia. Assim, os títulos da operadora de cruzeiros Carnival Corp subiram 7,99% para 22,85 dólares, ao passo que os da Norwegian Cruise Line Holdings Ltd avançaram 8,08% para os 25,291 dólares.
Nota positiva ainda para a Tesla que somou 4,23% para 592,74 dólares, após a revisão em alta da recomendação do Goldman Sachs para “comprar”, face ao anterior “neutral”.
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